quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Que mal em “bater um papo assim gostoso com alguém?"

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30/08/2012
 às 17:35

Que mal em “bater um papo assim gostoso com alguém?”

Jornalistas que cobrem o julgamento do mensalão têm estranhado a proximidade de um senhor chamado Manoel Carlos com os advogados de defesa. A interlocução é permanente, consta, às vezes frenética.
Manoel Carlos não é o novelista da TV Globo, não! É o chefe de gabinete do ministro Ricardo Lewandowski.
Como indagava música muito antiga, cantada por Jair Rodrigues, precursora do RAP (com us 30 anos de antecedência), que mal há “em bater um papo assim gostoso com alguém”…
Por Reinaldo Azevedo

De João a José: STF sinaliza que vai condenar todos os mensaleiros petistas.


 José e João. O último já pegou seis anos...

A cúpula do PT e o governo da presidente Dilma Rousseff temem o "efeito dominó" da condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) no processo do mensalão. A preocupação é que, se for por terra o argumento do caixa 2 petista para alimentar campanhas políticas de aliados, ministros do Supremo Tribunal Federal passem a condenar todos os homens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles José Dirceu. 

Braço direito de Lula na Casa Civil, entre 2003 e 2005, Dirceu foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como "chefe de organização criminosa" instalada no governo àquela época. Amigo do então presidente, João Paulo comandava a Câmara dos Deputados, José Genoino dirigia o PT e Delúbio Soares cuidava do cofre petista. 

Em conversas reservadas, ministros de Dilma afirmam que uma eventual punição para o grupo de Lula - e principalmente para Dirceu, considerado "réu símbolo" do processo - representa a condenação moral do governo dele. No Palácio do Planalto, a estratégia consiste em manter a presidente distante do julgamento no Supremo, como se nada se passasse do outro lado da Praça dos Três Poderes com o partido dela. 

Suplente. Na prática, porém, Dilma tem acompanhado tudo sobre as sessões no STF e mais de uma vez já confessou estar preocupada com Genoino, que é atualmente assessor do Ministério da Defesa. Se João Paulo perder o mandato de deputado, Genoino é o suplente na fila para assumir a cadeira dele na Câmara. Mas, caso seja condenado, pode não chegar lá. A situação aflige Dilma. 

Influência. Nesse cenário, há quem aposte que, com o grupo de Lula debilitado no PT, a presidente pode ganhar influência no partido depois das eleições municipais. Egressa do PDT, Dilma não tem trânsito entre as correntes petistas. No Rio Grande do Sul, onde iniciou sua trajetória política, ela é próxima da tendência Democracia Socialista (DS), que, no plano nacional, luta contra a hegemonia da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), de Lula e Dirceu. 

"Eu não acredito no enfraquecimento da CNB. Eles são como polvo, que às vezes submerge e logo em seguida volta com força total", afirmou o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Integrante da tendência PT de Luta e de Massa, que se alia ao grupo de Dirceu na maioria das questões, Tatto também não crê que Dilma queira se envolver na vida partidária nem promover uma reciclagem no PT. "Não existe o PT do Lula e o PT da Dilma", insistiu. 

Defensor da anistia para José Dirceu na Câmara, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) admite que os prejuízos com o julgamento do mensalão, nessa temporada de eleições, podem ser grandes. "Esse processo enfraquece o PT como um todo, é ruim para todos nós. Dilma, que não é de corrente A, B ou C, sabe disso", resumiu Devanir. "Eu só tenho a lamentar a decisão do Supremo", emendou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT.(Estadão)
Tirado do Coturno Noturno

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ACABOU! O MENSALÃO É AGORA UMA REALIDADE HISTÓRICA ATESTADA TAMBÉM PELO SUPREMO!

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28/08/2012
 às 5:59

ACABOU! O MENSALÃO É AGORA UMA REALIDADE HISTÓRICA ATESTADA TAMBÉM PELO SUPREMO!

Um grande dia ontem para o Supremo Tribunal Federal — e que a Corte continue a marcar encontros com um bom futuro. Está enterrada a quimera lulista, a saber: a fantasia de que o mensalão nunca existiu. O Apedeuta voltou a repetir essa ladainha em entrevista ao New York Times, publicada no dia 25. Qualquer outro, com um mínimo de bom senso, não faria tal afirmação agora ao jornal mais importante do mundo. Mas Lula é quem é. Tentava, mais uma vez, intimidar a corte. Vamos ao que interessa. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Brasil, já foi condenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Marcos Valério e dois sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paes, também — só que, no caso deles, é corrupção ativa. Até agora, 6 dos 11 ministros optaram pela condenação. Esses votos significam o reconhecimento claro, inequívoco, indubitável de que o mensalão — ou como se queira chamar aquela penca de crimes — existiu. Se Márcio Thomaz Bastos considerou que o voto de Ricardo Lewandowski em favor do deputado João Paulo Cunha significava a vitória da “tese do caixa dois”, como chegou a dizer em entrevista, os seis a zero contra Pizzolato já significam a derrota.
Ou por outra: A CONDENAÇÃO DE PIZZOLATO — nem Lewandowski e Dias Toffoli tiveram a coragem de negá-lo, porque também a desmoralização tem lá o seu decoro — CORRESPONDE AO RECONHECIMENTO DE QUE HAVIA UM SISTEMA EM OPERAÇÃO. Um sistema que ROUBOU DINHEIRO PÚBLICO. Quando cinco ministros endossaram o voto do relator, Joaquim Barbosa, estavam a dizer que os cofres do banco foram assaltados, os recursos transferidos para a conta da agência de Valério e, dali, para os chamados “mensaleiros”.
Acabou! Todo o esforço de Lula e dos petistas para negar o óbvio foi em vão. É claro que estou entre aqueles que acham que José Dirceu também tem de ser condenado — porque acho, a exemplo da Procuradoria-Geral da República, que ele era “chefe da quadrilha”. Atenção, no entanto, para o que vem: ainda que ele não seja, o mensalão já é uma realidade histórica atestada também pela mais alta corte do país. E olhem que cinco ministros ainda não votaram. Como o voto se dá na ordem inversa da antiguidade, sobraram nesta segunda metade quatro ex-presidentes — Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello — e o atual, Ayres Britto. Sabem o peso que tem a sua palavra.
O caso João PauloDias Toffoli, para a surpresa de ninguém, acompanhou o voto de Ricardo Lewandowski no caso do deputado João Paulo Cunha, inocentando-o de todas as acusações — e, nos crimes concernentes ao esquema da Câmara, também Valério e seus sócios. Posts abaixo, comento outros aspectos desse voto. Agora, quero tratar do que chega a ser até uma curiosidade intelectual.
Não entendi — e as pessoas com as quais falo, pouco importa a opinião que tenham sobre o mérito, também não entenderam — qual a diferença entre o que fez Pizzolato e o que fez João Paulo. O modo como ambos agiram é rigorosamente igual. Lewandowski, obviamente, sabe disso. Toffoli também. Por que os dois ministros condenam um e absolvem outro é, do ponto de vista lógico, um mistério. Logo, a explicação tem de ser buscada nas circunstâncias.
Ainda que a agência de Valério tivesse mesmo prestado os serviços para os quais foi contratada — não é o que os autos indicam —, as evidências de crime estão todas lá, muito especialmente o saque de R$ 50 mil na boca do caixa. Para os dois ministros, tudo indica, o problema de Pizzolato é não ser político.  Como poderia alegar caixa dois de campanha?
Isso dá pistas, parece, do tratamento que a dupla pretende dispensar aos demais políticos. Afinal, covenham: se João Paulo, que recebeu dinheiro da empresa que mantinha contrato com a Câmara, é “inocente”, o que não dizer dos outros, que não tinham celebrado contrato nenhum com Marcos Valério?
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 26 de agosto de 2012

O STF corre perigo


No julgamento do mensalão o Supremo Tribunal Federal (STF) está decidindo a sua sorte. Mas não só: estará decidindo também a sorte da democracia brasileira. A Corte deve servir de exemplo não só para o restante do Poder Judiciário, mas para todo cidadão. O que estamos assistindo, contudo, é a um triste espetáculo marcado pela desorganização, pelo desrespeito entre seus membros, pela prolixidade das intervenções dos juízes e por manobras jurídicas.
Diferentemente do que ocorreu em 2007, quando do recebimento do Inquérito 2.245 - que se transformou na Ação Penal 470 -, o presidente Carlos Ayres Britto deixou de organizar reuniões administrativas preparatórias, que facilitariam o bom andamento dos trabalhos. Assim, tudo passou a ser decidido no calor da hora, sem que tenha havido um planejamento minimamente aceitável. Essa insegurança transformou o processo numa arena de disputa política e aumentou, desnecessariamente, a temperatura dos debates.
Desde o primeiro dia, quando toda uma sessão do Supremo foi ocupada por uma simples questão de ordem, já se sinalizou que o julgamento seria tumultuado. Isso porque não interessava aos petistas que fosse tomada uma decisão sobre o processo ainda neste ano. Tudo porque haverá eleições municipais e o PT teme que a condenação dos mensaleiros possa ter algum tipo de influência no eleitorado mais politizado, principalmente nas grandes cidades. São conhecidas as pressões contra os ministros do STF lideradas por Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente agiu de forma indigna. Se estivesse no exercício do cargo, como bem disse o ministro Celso de Mello, seria caso de abertura de um processo de impeachment.
A lentidão do julgamento reforça ainda mais a péssima imagem do Judiciário. Quando o juiz não consegue apresentar brevemente um simples voto, está sinalizando para o grande público que é melhor evitar procurar aquela instância de poder. O desprezo pela Justiça enfraquece a consolidação da democracia. Quando não se entende a linguagem dos juízes, também é um mau sinal. No momento em que observa que um processo acaba se estendendo por anos e anos - sempre havendo algum recurso postergando a decisão final - a descrença toma conta do cidadão.
Os ministros mais antigos deveriam dar o exemplo. Teriam de tomar a iniciativa de ordenar o julgamento, diminuir a tensão entre os pares, possibilitar a apreciação serena dos argumentos da acusação e da defesa, garantindo que a Corte possa apreciar o processo e julgá-lo sem delongas. Afinal, se a Ação Penal 470 tem enorme importância, o STF julga por ano 130 mil processos. E no ritmo em que está indo o julgamento é possível estimar - fazendo uma média desde a apresentação de uma pequena parcela do voto do ministro Joaquim Barbosa -, sendo otimista, que deverá terminar no final de outubro.
Esse julgamento pode abrir uma nova era na jovem democracia brasileira, tão enfraquecida pelos sucessivos escândalos de corrupção. A punição exemplar dos mensaleiros serviria como um sinal de alerta de que a impunidade está com os dias contados. Não é possível considerarmos absolutamente natural que a corrupção chegue até a antessala presidencial. Que malotes de dinheiro público sejam instrumento de "convencimento" político. Que uma campanha presidencial - como a de Lula, em 2002 - seja paga com dinheiro de origem desconhecida e no exterior, como foi revelado na CPMI dos Correios e reafirmado na Ação Penal 470.
A estratégia do PT é tentar emparedar o tribunal. Basta observar a ofensiva na internet montada para pressionar os ministros. O PT tem uma vertente que o aproxima dos regimes ditatoriais e, consequentemente, tem enorme dificuldade de conviver com qualquer discurso que se oponha às suas práticas. Considera o equilíbrio e o respeito entre os três Poderes um resquício do que chama de democracia burguesa. Se o STF não condenar o núcleo político da "sofisticada organização criminosa", como bem definiu a Procuradoria-Geral da República, e desviar as punições para os réus considerados politicamente pouco relevantes, estará reforçando essa linha política.
Porém, como no Brasil o que é ruim sempre pode piorar, com as duas aposentadorias previstas - dos ministros Cezar Peluso, em setembro, e Ayres Britto, em novembro - o STF vai caminhar para ser uma Corte petista. Mais ainda porque pode ocorrer, por sua própria iniciativa, a aposentadoria do ministro Celso de Mello. Haverá, portanto, mais três ministros de extrema confiança do partido - em sã consciência, ninguém imagina que serão designados ministros que tenham um percurso profissional distante do lulopetismo. Porque desta vez a liderança petista deve escolher com muito cuidado os indicados para a Suprema Corte. Quer evitar "traição", que é a forma como denomina o juiz que deseja votar segundo a sua consciência, e não como delegado do partido.
Em outras palavras, o STF corre perigo. E isso é inaceitável. Precisamos de uma Suprema Corte absolutamente independente. Se, como é sabido, cabe ao presidente da República a escolha dos ministros, sua aprovação é prerrogativa do Senado. E aí mora um dos problemas. Os senadores não sabatinam os indicados. A aprovação é considerada automática. A sessão acaba se transformando numa homenagem aos escolhidos, que antes da sabatina já são considerados nomeados.
Poderemos ter nas duas próximas décadas, independentemente de que partido detenha o Poder Executivo, um controle petista do Estado brasileiro por intermédio do STF, que poderá agir engessando as ações do presidente da República. Dessa forma - e estamos trabalhando no terreno das hipóteses - o petismo poderá assegurar o controle do Estado, independentemente da vontade dos eleitores. E como estamos na América Latina, é bom não duvidar.

Para ministro do STF, favor a ex-mulher incrimina Dirceu .

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26/08/2012
 às 4:47

Para ministro do STF, favor a ex-mulher incrimina Dirceu

Por Rubens Valente e Flávio Ferreira, na Folha:
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), deverá apontar os favores prestados pelos operadores do esquema a uma ex-mulher do ex-ministro José Dirceu como uma prova decisiva do seu envolvimento com o mensalão. Na fase de instrução do processo, Barbosa e seus assessores fizeram vários questionamentos à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República para esclarecer detalhes sobre os favores prestados à ex-mulher de Dirceu. Esse procedimento indica que Barbosa considera esse ponto particularmente relevante para incriminar Dirceu, acusado no STF de cometer os crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O julgamento do mensalão entra amanhã na sua quinta semana. Ele ainda está no começo e só deverá chegar daqui a duas semanas ao capítulo em que serão analisados os crimes atribuídos a Dirceu.
(…)
A psicóloga Maria Ângela da Silva Saragoça, 59, viveu com Dirceu de 1981 a 1990 e teve uma filha com ele. Os favores que recebeu de Valério foram revelados na época em que o mensalão foi descoberto e estão documentados no processo que está no STF. Graças à interferência de Valério, Ângela ganhou um emprego no banco BMG e um empréstimo de R$ 42 mil do Banco Rural. Os dois bancos emprestaram milhões de reais ao PT e às empresas de Marcos Valério que distribuíram o dinheiro do mensalão. Ângela também conseguiu ajuda para vender um apartamento em São Paulo. Quem comprou o imóvel, numa transação que incluiu um adiantamento de R$ 20 mil em espécie, foi o advogado de Valério, Rogério Tolentino.
A própria Ângela reconheceu os favores e a participação de Valério nos depoimentos que prestou. O presidente do BMG, Ricardo Guimarães, disse que o emprego de Ângela foi pedido de Valério. O empresário disse que ajudou Ângela a pedido do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que se livrou do processo após fazer um acordo para ser excluído da ação e cumprir pena alternativa.
(…)


Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Mais compostura, ministro!

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
24/08/2012
 às 18:36

Mais compostura, ministro!

O ministro Ricardo Lewandowski tenha compostura!
Um dia depois de proferir o seu voto — no post abaixo, demonstro o divórcio entre o seu discurso e o fato —, já está concedendo entrevistas, afirmando que um juiz não pode ceder a pressões, que julga de acordo com a sua consciência etc e tal.
Entendi. Quer dizer que seu voto inocentando João Paulo é fruto de sua independência. Os que votarem pela condenação seriam, então, menos independentes? Ele, porque absolve, seria imune às pressões; outros que venham a condenar seriam sensíveis a ela? De que pressão estamos falando? A da tal “opinião pública”? A de um partido? A de um ex-presidente da República? Ora, ministro…
O correto, o decente e o pudoroso é o silêncio. O processo ainda está em curso. Temos, vejam que fantástico!, mais um ministro deitando falação sobre o que está sendo julgado.
Lewandowski fez ainda outra afirmação um tanto espantosa. Terá aprendido com algum catedrático da Faculdade de Direito de São Bernardo? Não sei. Leiam que primor:
“Cada juiz tem uma visão muito particular do conjunto de provas que existe no processo. Então, esse contraponto entre relator e revisor ajudará os demais ministros a decidirem o que se contém nos autos”.
Entendi! Um eventual revisor que concordasse com o conteúdo do voto de Joaquim Barbosa deixaria os demais ministros no mais absoluto escuro. O tal “contraponto” se transformou num maneirismo judicial. Um julgamento é como um auditório de televisão, em que os jurados dizem que vai para o trono.
Depois de ter ameaçado renunciar à revisão e faltar à sessão de segunda se não lhe fosse assegurada a tréplica (contra o Regimento, diga-se), posa de conciliador:
“Nós que vivemos em um ambiente colegiado, nós estamos acostumados a divergir, a ver nossas posições vencedoras ou perdedoras. Isso faz parte. Nós não levamos nada pessoalmente, defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus”.
É verdade! Mas sou obrigado a lembrar que está em jogo algo mais do que o destino dos réus. Também está em jogo o destino das vítimas: o conjunto dos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo

Como Lewandowski ignorou escandalosamente os fatos no caso da lavagem de dinheiro. Ou: Desconstruindo um absurdo!


O ministro Ricardo Lewandowski sabe ser técnico e rigoroso se quiser. Não lhe falta, pois, competência. O problema é de outra natureza. O voto que deu no caso de Henrique Pizzolato prova que ele é capaz de se harmonizar com os fatos. A distorção da realidade ao julgar o de João Paulo não é, pois, de natureza neuronial. Ou, se é, o é de outra forma: está ligada à maneira como ele usa os neurônios e em benefício de quem. Leiam com atenção esta história e prestem atenção às sutilezas.
O voto do ministro na acusação de lavagem de dinheiro, que também pesa contra o réu, vai além do ridículo no mérito e na argumentação. Pior de tudo: tenta jogar em costas alheias a responsabilidade da pizza que busca assar. Para quem não lembra: a mulher do deputado João Paulo sacou R$ 50 mil na boca do caixa, na agência do Banco Rural de Brasília, da conta da agência SMP&B.
Antes que continue, guardem esta informação:
Em 2007, quando o Ministério Público ofereceu a denúncia também por lavagem de dinheiro, coube a cada ministro, DE MANEIRA FATIADA, dizer se a aceitava ou não. O que disse Lewandowski sobre o crime de lavagem de dinheiro? Isto:
“Voltei aos autos e agora convencido de forma mais firme e mais forte (…) que (…) este ato final [o saque feito pela mulher de João Paulo] nada mais é do que o último passo que um sofisticado mecanismo de, aparentemente, numa primeira impressão, branqueamento de dinheiro de capital”.
Atenção, senhores leitores!
Em 2007, quando se votou a recepção da denúncia, trabalhava-se com a informação — FALSA! — de que a mulher do deputado, Márcia Regina Milanésio Cunha, havia sacado dinheiro em seu próprio nome. Os ministros Ayres Britto, Gilmar Mendes e Eros Grau entenderam que não estava caracterizada, então, tentativa de “branqueamento”, de lavagem de dinheiro, já que a coisa estaria sendo feita às claras — ao menos nesse particular. E votaram, então, contra a recepção da denuncia nesse particular. 
Mas o que se sabe hoje?A informação de que o dinheiro foi liberado em nome de Márcia Regina, no entanto, é falsa! Falsa como nota de R$ 3!!! Vamos ao que de fato aconteceu, transcrevendo trecho do voto de Joaquim Barbosa:
1) a SMP&B emitiu cheque oriundo de conta mantida no banco Rural em Belo Horizonte, nominal a ela própria (SMP&B), com o respectivo endosso, sem qualquer identificação de outro beneficiário além da própria SMP&B;
2) a agência do banco Rural em Bel oHorizonte, onde o cheque foi emitido, enviou fax à agência do banco Rural onde o saque seria efetuado (no caso, Brasília), confirmando a posse do cheque e autorizando o levantamento dos valores pela pessoa indicada informalmente pela SMP&B, no caso, a esposa do acusado, Sra. Márcia Regina Milanésio Cunha;
3) Conforme detalhado no Item IV, nessas operações de lavagem de dinheiro, o Banco Rural, apesar de saber quem era o verdadeiro sacador, tanto é que enviava um fax com a autorização em nome  da pessoa, não registrava o saque em nome do verdadeiro sacador/beneficiário. A própria SMP&B aparecia como sacadora, com a falsa alegação de que os valores se destinavam ao pagamento de fornecedores. Essa informação falsa alimentava a base de dados do Bacen e do Coaf;
VolteiViram só? A mulher de João Paulo não retirou dinheiro em seu próprio nome, não. Oficialmente, era a SMP&B sacando dinheiro da SMP&B! Se Britto, Mendes e Grau tivessem essas informações à época, teriam rejeitado a denúncia nesse particular? Não posso falar por eles, mas duvido. Que grande iluminado este Lewandowski!!! Quando ele não tinha o ato concreto a indicar a lavagem, ele escolheu receber a denúncia; quando tinha, ele escolheu inocentar o réu. O que se terá operado entre 2007 e 2012?
Como o ministro faz o seu trabalho, nesse caso, movido pela espírito da provocação, inocentou João Paulo desse crime evocando os votos passados daqueles três ministros, como a lhes cobrar coerência hoje. Que coisa! Falando em tese, pergunto: se ele próprio votou a favor da denúncia e contra agora, por que os outros dois (Grau já não está no STF) não poderiam fazer o contrário? O próprio Ministério Público não pediu a absolvição de Luiz Gushiken, por exemplo? Ainda preciso falar a respeito…
Piora um poucoA parte da lavagem do dinheiro, diga-se, é aquela em que seu voto vai mais baixo no rigor técnico. Por quê? Sem o crime antecedente, não há lavagem. Não se lava um dinheiro que tem origem legal, certo? Se, àquela altura do voto, ele já havia descartado os crimes de corrupção passiva e peculato, é evidente que não aceitaria o de lavagem. Mas não se deu por satisfeito. Falou longamente a respeito e ainda deu um jeito de tentar ancorar a sua escolha escandalosa — quando cotejada com os fatos — em votos alheios, como a dizer que não está sozinho.
Lewandowski está disposto a fazer história!
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SIM, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, AQUELE TROÇO A QUE SE CHAMOU MENSALÃO EXISTIU! SE LHE PARECER MELHOR, CHAME DE “ROUBALHÃO”!

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23/08/2012
 às 5:59

SIM, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, AQUELE TROÇO A QUE SE CHAMOU MENSALÃO EXISTIU! SE LHE PARECER MELHOR, CHAME DE “ROUBALHÃO”!

Os respectivos votos dos ministros Joaquim Barbosa (relator) e Ricardo Lewandowski nos permitem fazer uma afirmação peremptória, agora com o concurso de dois ministros que estudaram a fundo o assunto: aquilo a que se chamou “mensalão” — e que poderia se chamar “Roubalhão”, “Safadolhão”, “Sem-vergonhicelhão” — existiu. Existiu e foi “o mais ousado e escandaloso esquema de corrupção e desvio de dinheiro público descoberto no Brasil”, como o classificou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Um dos pilares do esquema se evidencia de maneira escandalosa nos dois votos: o uso de dinheiro público para financiar as atividades criminosas de um grupo. O dinheiro do fundo Visanet que foi parar na Agência DNA e dali nas mãos dos ditos mensaleiros era público, do Banco do Brasil. Para reter grana que pertencia ao banco, outra agência, a SMP&B forjou notas para justificar a tal “bonificação de volume”. Por essa razão, os dois ministros condenaram, até agora, Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do banco, por peculato (duas vezes), corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Marcos Valério e seus sócios, Ramon Rollerbach e Cristiano Paes, quase pelos mesmos crimes: nesse caso, a corrupção é ativa.
A dinheirama do Banco do Brasil era apenas parte do esquema, como é sabido. Ela é a evidência da ousadia do grupo. Marcos Valério era apenas o operador do dinheiro, uma espécie de distribuidor. E por que ele era necessário? Justamente para conferir uma certa aparência de legalidade aos crimes, para, em suma, “lavar” o dinheiro; MAS ATENÇÃO PARA O QUE VEM AGORA.
Para quem Valério trabalhava? Que obtivesse benefícios pessoais na sua atividade, isso é óbvio. Também nesse ramo não se trabalha de graça. Mas ele não era só um empresário espertalhão que se meteu com empresas do governo para tomar uns trocos. Não! Ele era um dos protagonistas de um esquema de pagamentos a políticos e partidos. A isso, Roberto Jefferson deu um nome-fantasia: “Mensalão”. Poderia se chamar, sei lá, “Coisa do Molusco”. E seu caráter seria o mesmo.
Pensem cá comigo: será mesmo possível condenar Pizzolato, Valério e seus sócios por aqueles crimes e inocentar o tal núcleo político? Afinal, aquela gente toda atuava para quem? Não era, reitero, em benefício apenas de um esquema privado. O voto, até agora, tratou da origem de parte do dinheiro de um esquema político. Haverá algum voto divergente no que concerne a esses réus, nesse episódio? Estou curioso para ouvir. Vai se demonstrar o quê? Que o capilé milionário não era público? Vai-se tentar provar que Pizzolato não o liberou? Que os serviços da DNA realmente existiram? Vão jogar no lixo as auditorias do Banco do Brasil demonstrando que os repasses foram irregulares?
A situação de Valério, dos sócios e de Pizzolato é muito difícil. E é uma inteira sandice — ou picaretagem — sustentar que eles possam ser condenados, mas com a absolvição do tal núcleo político. Não vejo como os nove outros ministros possam operar uma mágica. O grupo julgado nesse item 3 deve se preparar, acho eu, para passar um tempinho na cadeia.
Texto publicado originalmente às 4h09
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Márcio Thomaz Bastos tenta, de novo, melar o jogo


20/08/2012
 às 6:19

Márcio Thomaz Bastos tenta, de novo, melar o jogo

Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça quando estourou o caso do mensalão, é advogado de um dos réus. Só isso já renderia pano pra manga, não é mesmo? Até hoje não encontrei um só operador do direito, pouco importa a sua ideologia ou o que pensa do processo, que ache isso normal e corriqueiro. Não é um qualquer. Bastos é visto como um organizador da defesa, embora ele próprio tenha exibido um raciocínio um tanto confuso e desorganizado quando lhe foi dada a chance de defender José Roberto Salgado, um dos diretores do Banco Rural.
Como todos vimos, a questão de ordem que apresentou no começo do julgamento ocupou todo o primeiro dia, atrasando o cronograma. O tribunal se viu na circunstância ridícula, então, de votar matéria já decidida. “Deus” — como é chamado por alguns de seus pares — queria desmembrar o processo, enviando para a primeira instância os réus sem prerrogativa de foro. Não vou me estender sobre esse particular agora (já escrevi muito a respeito), mas que se saliente outra vez: a decisão tomada pelo Supremo é legal. Ponto.
Informa o Estadão na edição desta segunda que o doutor organizou boa parte dos advogados de defesa para se insurgir contra outra decisão tomada pelo STF: o chamado voto fatiado. Leiam o que informam Fausto Macedo e Felipe Recondo. Volto em seguida.
Os advogados dos réus do mensalão insurgiram-se contra o fatiamento do julgamento no Supremo Tribunal Federal. Em petição que será protocolada hoje no gabinete do presidente da Corte, Ayres Britto, os principais criminalistas constituídos pela defesa sustentam que a fragmentação — proposta pelo ministro relator, Joaquim Barbosa — seria uma ‘aberração’ e configuraria ‘julgamento de exceção’.
É a mais pesada reação dos bacharéis contra a decisão do Supremo de dividir o julgamento da ação por capítulos, personagens e crimes, em vez de cada ministro ler seu voto sobre o processo de uma só vez. Os advogados chamam de ‘obscura’ a ordem estabelecida, ‘que afronta o postulado do devido processo legal, bem como os dispositivos do Regimento Interno do STF’.
Os advogados reivindicam esclarecimentos sobre o rito a ser adotado nas próximas sessões plenárias, o roteiro de votação e o cálculo de penas, no caso de condenações. ‘Reiterando sua preocupação com a realização de um julgamento de exceção, pedem deferimento’, diz o texto. A ofensiva dos advogados, sem paralelo na história da Corte, vai provocar impacto na cúpula do Supremo, pois coincide com a posição de parte dos ministros. A exemplo dos defensores, esses integrantes do STF se declaram confusos com os rumos do julgamento. ‘Nem sei quando vou poder votar’, admitiu o ministro Marco Aurélio Mello. Cópias da petição também serão entregues a alguns ministros, além do protocolo no gabinete de Ayres Britto. A estratégia é que um dos magistrados se manifeste na sessão de hoje sobre a manifestação dos advogados.
Autoria A petição foi pensada e redigida pelo criminalista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no governo Lula, defensor do executivo José Roberto Salgado, do Banco Rural. Com 53 anos de experiência, Thomaz Bastos declara ‘respeito e apreço’ a todos os ministros. O texto contém argumentos técnicos e trata a Corte com reverência. Subscrevem o manifesto cerca de 20 advogados, como José Luís Oliveira Lima (que defende o ex-ministro José Dirceu), Luiz Fernando Pacheco (José Genoino, ex-presidente do PT), Arnaldo Malheiros Filho (Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT) e Antônio Cláudio Mariz de Oliveira (Ayanna Tenório, ex-dirigente do Rural). (…)
Voltei
É claro que se trata de uma pressão para emperrar o julgamento e para inviabilizar o voto do ministro Cezar Peluso. Ele se aposenta no dia 3 de setembro. Vamos ver que encaminhamento o ministro Ayres Britto dará ao documento. Está em curso o esforço para pespegar no STF a pecha de tribunal de exceção, já anunciei aqui.
O fatiamento não é antirregimental coisa nenhuma! Barbosa não surpreendeu ninguém. Ele segue os passos do recebimento da denúncia. Então por que a braveza e essa conversa mole? Porque o voto do relator, do modo como decidiu proferi-lo, recupera a atuação das personagens, rememora circunstâncias, estabelece os devidos liames entre as várias atuações. Ora, os ministros que discordam são livres para dizer o que pensam. O que está pegando, então? A firme disposição de melar o jogo. Mais uma vez!
Por Reinaldo Azevedo

domingo, 19 de agosto de 2012

Provado: chefe da quadrilha do Mensalão agia dentro do Palácio do Planalto.


A atuação de José Dirceu no comando da Casa Civil, exposta em documentos oficiais do Palácio do Planalto obtidos pelo Estado, confirma a denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de que o mensalão era operado no coração do governo, segundo líderes de partidos de oposição na Câmara e no Senado.Reportagem publicada ontem pelo Estado, com base em correspondências confidenciais, bilhetes manuscritos e ofícios cedidos com base na Lei de Acesso à Informação, retrata troca de favores entre governo e aliados, negociações de cargos na máquina pública por indicados políticos e ações que mostram o poder do então ministro em contraste à defesa de Dirceu no processo do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele não tratava de assuntos partidários.

Os líderes do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), e do DEM, senador José Agripino (RN), afirmaram que as revelações comprovam a acusação do deputado Roberto Jefferson (PTB), cassado em 2005 e um dos 37 réus no processo do mensalão, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento de todas as iniciativas do ministro e que Dirceu era o operador. "Na verdade, quem tinha o comando era o presidente Lula; José Dirceu era o segundo", afirmou Dias. "Ele operacionalizava o que já tinha acertado com Lula". No mesmo tom, o líder Agripino ressalta que Dirceu atuava com o conhecimento prévio do presidente. "Roberto Jefferson acertou ao dizer que livrou o Brasil do José Dirceu", disse o senador. "O comandante do processo era José Dirceu com o aval de seu comandante Lula".

Dias e Agripino argumentam que seria irreal imaginar que Dirceu encaminhava pedidos de nomeação, audiências nos ministérios e mantinha uma rede de informações sobre a atuação de outros integrantes do governo, como foi revelado na reportagem, "escondido" de Lula. Os registros oficiais mostram que a então secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, a hoje presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, foi alvo de investigações e questionada pela Casa Civil sobre contratos da empresa do marido, Colin Foster, com a estatal.

"A cada dia vai se confirmando todo o esquema montado com o objetivo de tomar o poder e de se perpetuar a qualquer preço. Seja por troca de cargos, por dinheiro, por mensalão e por todo o aparato que não tem consistência republicana", disse o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR). "O mensalão estava no coração do poder com o chefe da Casa Civil", completou.(Estadão)
Tirado do Coturno Noturno

Problemas nos negócios de Lula vão dar m...?



DOMINGO, 19 DE AGOSTO DE 2012


Problemas nos negócios de Lula vão dar m...?

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão

Com seu dsgoverno no banco dos réus do mensalão, o chefão eterno Luiz Inácio Lula da Silva certamente ficou muito PT da vida com o noticiário deste fim-começo de semana. Meteram o pau no filho dele – o que Lula não perdoa. A indiscrição de uma empresa de auditoria vazou para a mídia os prejuízos na Gamecorp – até outro dia cantada em prosa e verso como a préspera empresa de jogos eletrônicos do famoso filho Lulinha que o papai sempre definiu como um prodígio empresarial, um “ronaldinho dos negócios”.

Papai saiu do poder, e o jogo virou? Que malvadeza. A Folha de S. Paulo revela os amargos números tabulados pela Peppe Associados: “Apesar do lucro de R$ 384 mil no ano passado, as perdas acumuladas da Gamecorp chegam a R$ 8,6 milhões. Além disso, há uma diferença de R$ 2,2 milhões entre a soma dos bens e dos valores que a empresa tem a receber e as obrigações que contraiu, o que pode configurar risco de insolvência”.

Tem mais, no mesmo jornal que já foi mais piedoso com os petistas: “A dívida de curto prazo, de até 12 meses, subiu de R$ 2,03 milhões, em 2010, para R$ 2,89 milhões no fim do ano passado. A de longo prazo, acima de um ano, saltou de R$ 3 milhões para R$ 3,3 milhões. O total dessas obrigações atinge R$ 6,1 milhões. A avaliação da empresa de Lulinha só foi possível porque hoje, como subsidiária da Oi, a Gamecorp adota critérios internacionais de contabilidade. A Oi não quis comentar os resultados”.

Pior que as notícias ruins sobre a Gamecorp é o julgamento do mensalão no STF. Lula foi poupado de sentar no banco dos réus por crimes que as investigações do Ministério Público Federal confirmam ter sido comandados por amigos íntimos e colaboradores próximos da antesala presidencial. Mas o chefão e a petralhada ficaram tensos porque o ministro-inquisidor Joaquim Barbosa escolheu como primeiro alvo o deputado João Paulo Cunha - aquele que comandaria o nevrálgico esquema petista em Osasco, se conseguisse se eleger prefeito.

O inferno deve ficar ainda mais quente para os petralhas. O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, enviou um memorial aos 11 ministros do STF reiterando que os depoimentos colhidos no processo do mensalão confirmam o envolvimento de José Dirceu no esquema. Gurgel pretende rebater os principais pontos levantados pela defesa dos réus no plenário. Do jeito que a coisa anda (ou desanda), deve conseguir...

Os negócios de Lula vão de mal a pior. Será que vai sobrar para ele? Eis a dúvida cruel.

Não deixe de ler no site Fique Alerta – www.fiquealerta.net – um espetacular artigo de Manoel Pastana - L'Imperatore Capo! Die Nazi-capo! O Rei de Banânia! No texto, Pastana informa que contra Lula existe o inquérito 2.474, que tem pertinência com o esquema do Mensalão e tramita no Supremo desde março de 2007. Será que,algum dia, vai dar m...? Eis outra questão...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 19 de Agosto de 2012.