quarta-feira, 27 de abril de 2011

PT: a "sofisticada organização criminosa" está de volta.

Mais de cinco anos depois, o PT prepara a volta de seu ex-tesoureiro Delúbio Soares, um dos protagonistas do escândalo do mensalão. Fundador do partido e amigo do ex-presidente Lula desde os tempos de sindicato, ele foi o único a ser punido com a expulsão da legenda, em outubro de 2005. Considerado um arquivo ambulante do caso, aceitou o castigo em silêncio, sem entregar os companheiros. Agora, terá a fidelidade premiada com o retorno à sigla. Seu pedido de refiliação deve ser aprovado neste fim de semana, em reunião da cúpula petista em Brasília.


"O partido vai fazer justiça a Delúbio. Ninguém erra individualmente. Os erros são coletivos", defende Francisco Rocha, coordenador da corrente Construindo um Novo Brasil e membro da Comissão de Ética do PT. O ex-tesoureiro é acusado de montar a máquina de arrecadação ilegal que, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, foi usada para comprar apoio ao governo Lula no Congresso. Organizava o caixa em encontros clandestinos com o publicitário Marcos Valério de Souza em quartos de hotel -"conversas entre amigos", disse à Polícia Federal. A dupla recolheu pelo menos R$ 55 milhões em recursos "não contabilizados", distribuídos a políticos e assessores em envelopes e saques na boca do caixa. "Tudo sob as ordens do denunciado José Dirceu", afirma o Ministério Público.

Delúbio assumiu a culpa pelo ex-ministro, mas responde com ele no STF (Supremo Tribunal Federal) por supostos crimes de quadrilha e corrupção ativa. O ex-tesoureiro nega o suborno a parlamentares, mas admite ter recebido e repassado "dinheiro não contabilizado" a aliados. Chegou a dizer que o mensalão seria esquecido e viraria "piada de salão". Depois abaixou o tom. Submergiu. Nas palavras de um amigo, a eleição de Dilma Rousseff selou o fim do "sacrifício" de um militante que já disse ter o PT em seu DNA. Dirigentes do partido ouvidos ontem pela Folha disseram que o pedido de refiliação, avalizado por Lula, será aprovado com folga. "As razões que levaram o PT a afastá-lo ainda se mantêm. Não vejo motivo para aprovar sua volta antes do julgamento do caso", disse o deputado estadual gaúcho Raul Pont, apontado como um dos poucos dissidentes. Nos últimos meses, o PT reabilitou outros personagens do escândalo, como Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha. A volta de Delúbio, após mais de 1.800 dias de degredo solitário, concluirá a fase política do resgate. Na área penal, faltará combinar com o STF, que só deve julgar o caso em 2012. (Da Folha de São Paulo)

sábado, 16 de abril de 2011

1 - 615 - HABLALO - WWW.HABLALOSINMIEDO.BLOGSPOT.COM

http://www.hablalosinmiedo.blogspot.com/

Sr. Dictador Raúl Castro:

Acabo de escuchar su discurso. Los verdaderos contrarrevolucionarios en Cuba son usted y su hermano. Nuestra excarcelación representa una derrota para su régimen. ¿Se olvida que quiso cambiarnos por sus espías? Soy yo quién le aclaro a usted: si es necesario morir por la libertad de nuestro pueblo, moriremos. No le tememos ni a usted ni a sus matones.

José Daniel Ferrer García

Ex-prisionero de conciencia

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Mais uma dos terroristas da VAR-Palmares que só queriam democracia…

Por Felipe Recondo e Leonencio Nossa, no Estadão. O título é meu. Comenteo rapidamente depois.


O grupo guerrilheiro VAR-Palmares, que tinha na sua coluna a atual presidente Dilma Rousseff, conseguiu nos anos do regime militar (1964-1985) se infiltrar numa unidade do Exército em Brasília. Uma “célula” da organização composta por seis militares desviou armas e ainda planejou levar o arsenal da Granja do Riacho Fundo, uma das residências oficiais da Presidência da República à época.

Documento da Aeronáutica, que integra um acervo revelado pelo Estado e entregue em 2010 ao Arquivo Nacional, revela que, no dia 13 de janeiro de 1970, uma equipe de inteligência do Exército prendeu dois cabos e quatro soldados que integravam uma “célula” da VAR-Palmares no 8.º Grupo de Artilharia Antiaérea, atual 32.º Grupo de Artilharia de Campanha, instalado no Setor Militar Urbano.

Os militares do VAR-Palmares já tinham as chaves das “Reservas de Material Bélico das Baterias” e tinham planejado levar além das armas dessa dependência o armamento da guarda da Granja do Riacho Fundo, uma das residências do presidente da República. A VAR-Palmares teve entre seus integrantes a atual presidente Dilma, presa no dia 16 de janeiro de 1970, três dias após a queda da “célula” na unidade do Exército em Brasília.

Tarja preta. O líder dessa “célula” era um soldado que seguia orientações de líderes da VAR-Palmares de fora de Brasília. O grupo era integrado ainda pelo irmão de um soldado e outros oito civis. O Arquivo Nacional, seguindo determinação da atual legislação, encobriu com tarja preta os nomes dos integrantes do movimento.

A infiltração foi descoberta numa vistoria de rotina nos armários dos militares. Na busca por materiais furtados, foi encontrado um livro intitulado A verdade sobre Cuba no armário de um dos militares. Interrogado, ele confessou pertencer à organização da VAR-Palmares e nominou os demais militares que integravam essa célula infiltrada.

Uma sindicância foi instaurada e, conforme relatório secreto do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (CISA), os militares seriam responsáveis por jogar uma bomba na fachada do Banco do Brasil no fim de 1969. Além disso, já haviam feito e distribuído para outros integrantes da VAR-Palmares cópias das chaves de onde era guardado o armamento da unidade e tinham levado 20 manuais de tática de guerrilha e munição calibre 45 e estariam planejando o sequestro do comandante da 11.ª Região Militar.

No dia da ação do grupo no quartel, conforme documento secreto do CISA, as sentinelas que estivessem de serviço “seriam mortas a sangue frio”. De acordo a Aeronáutica, os seis militares não levantavam suspeita sobre sua atuação política, inclusive porque “impressionavam seus superiores hierárquicos pela pontualidade e excelente apresentação militar”. Aqui

Comento

Como a gente vê, a turma era ousada. Tivesse dado certo, teriam passado fogo em alguns milhares. Como deu errado, foram pedir pensão e indenização.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vejam como os terroristas da VAR-Palmares só queriam o bem, o belo e o justo!

Quando se discute ainda hoje o real papel que teve Dilma Rousseff na organização terrorista VAR-Palmares, costumo ironizar: “Ah, ela se encarregava de organizar saraus e tardes lítero-musicais e de dar aula de piano”. Pensem bem: qual é a tarefa de uma organização voltada para o terrorismo? Cuidar das belas artes! E só uma nota à margem: ela nunca se arrependeu de nada, não! O máximo a que chegou foi afirmar que mudou junto com o Brasil, o que daria pano pra manga. Para mim, isso significa que, se o Brasil não tivesse mudado, ela continuaria com a prática de antes. E, antes, a VAR-Palamares fazia o quê?

Está em curso a instalação da tal Comissão da Verdade. Quisesse ela a verdade, vá lá! Mas isso é mentira! Trata-se apenas de mais um passo para dourar um lado da batalha com novos brocados de heroísmo e satanizar o outro. Leiam o que publica o Estadão de hoje. Volto em seguida.

 VAR-Palmares planejou execução de militares

Por Felipe Recondo e Leonencio Nossa: Documento da Aeronáutica tornado público ontem pelo Arquivo Nacional, após ter sido mantido em segredo durante três décadas, revela que a organização guerrilheira VAR-Palmares, que contou em suas fileiras com a hoje presidente Dilma Rousseff, determinou o “justiçamento” - ou seja, o assassinato - de oficiais do Exército e de agentes de outras forças considerados reacionários nos anos da ditadura militar.

Com cinco páginas, o relatório A Campanha de Propaganda Militar, redigido por líderes do grupo, avalia que a eliminação de agentes da repressão seria uma forma de sair do isolamento. O texto foi apreendido em um esconderijo da organização, o chamado aparelho, e encaminhado em caráter confidencial ao então Ministério da Aeronáutica.

O arquivo, revelado pelo Estado no ano passado e aberto a consulta pública anteontem, faz parte do acervo do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (CISA). No Arquivo Nacional, em Brasília, novo endereço do acervo que estava em poder do serviço de inteligência da Aeronáutica, há um conjunto de documentos que tratam da VAR-Palmares. Mostram, entre outras coisas, a participação de militares da ativa e a queda de líderes do grupo em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

Os nomes dos integrantes do grupo receberam uma tarja preta, o que impede estabelecer relações diretas entre eles e as ações relatadas. É possível saber, por exemplo, que militantes de Belo Horizonte receberam em certa ocasião dez revólveres calibre 38 e munição, mas não os nomes desses militantes.

Na primeira página, o relatório de cinco páginas destaca que o grupo não tem “nenhuma possibilidade” de enfrentar os soldados nas cidades. Sobre o justiçamento de militares observa: “Deve ser feito em função de escolha cuidadosa (trecho incompreensível) elementos mais reacionários do Exército.”

Extermínio
Na época da redação do texto, entre 1969 e 1970, a ditadura tinha recrudescido o combate aos adversários do regime. Falava-se em setores das forças de completo extermínio dos subversivos. Em dezembro de 1968, o regime havia instituído o AI-5, que suprimia direitos civis e coincidia com o início de uma política de Estado para eliminar grupos de esquerda.

A VAR-Palmares surgiu em 1969 com a fusão do grupo Colina (Comando de Libertação Nacional), em que Dilma militava, com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca. Dilma, à época com 22 anos, foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo. Ela só foi libertada em 1972, após passar por uma série de sessões de tortura. (…)

O documento tornado público classifica as ordens como contraofensiva. Seria uma resposta aos “crimes” do regime militar contra a esquerda: “O justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros.”

O texto também dá orientações sobre como definir e vigiar possíveis alvos. A ideia era uma fazer uma lista dos oficiais “reacionários” e de pessoas ligadas à CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos.

A VAR-Palmares tinha definido como alvos prioritários o delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, e seu subordinado Raul Careca, acusados de comandar a máquina da tortura nos porões de São Paulo: “Careca, Fleury são assassinos diretos de companheiros também. Trata-se de represália clara. Já outros investigados serão eliminados sob condição, conforme vimos acima.”

Voltei
Ali onde há parênteses, suprimi este trecho:

“Sempre que fala sobre seu envolvimento com a resistência ao regime militar, Dilma costuma ressaltar que sua visão atual da vida não tem ’similaridade’ com o que pensava durante o tempo de guerrilha.”

Destaquei na abertura e reitero: essa não-similaridade, segundo ela mesma, se deve ao fato de o Brasil “ter mudado”; logo, se não tivesse… Isso quer dizer que não reconhece que os grupos terroristas foram, em si, um erro. É importante ressaltar que o Brasil não mudou sozinho, num passe de mágica. Alguém o mudou! E posso assegurar que não foram os terroristas. Mais de uma vez, de resto, Dilma demonstrou gratidão e reconhecimento por seus “companheiros” de luta, verdadeiros “heróis”. Acima, vê-se como eram mesmo humanistas notáveis.

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pela Legítima Defesa

PLD EM FOCO


Comentário do Coronel Paes de Lira sobre o massacre de Realengo
 

Caiu a ficha...

Finalmente caiu a ficha da população friburguense mais desvalida econômicamente que as promessas e a visita inútil da Dilma eram pura conversa fiada. Notável nesta manifestação é a ausência da bandeira do corruPTo.
Onde estão os manifestantes de Sta Catarina e Paraná? Sem esquecer os do morro do Bumba em Niterói... Por que não se unem todos numa frente nacional de protesto?


domingo, 10 de abril de 2011

100 dias e nada de reformas!



Hoje, o Editorial da Folha questiona a falta de reformas nos primeiros 100 dias de governo, na linha do post que publicamos ontem, afirmando que a presidente administra o Brasil como se fosse um mercadinho:


Mais preocupante, talvez, é a falta de um programa de governo que vá além da gestão cotidiana. Receou-se na campanha que o esmagador predomínio governista no Congresso Nacional ensejasse alguma aventura autoritária; pergunta-se hoje o que a presidente pretende fazer com tamanha maioria. As reformas previdenciária e tributária continuam à espera de um governo disposto a realizá-las.

Hoje, no Brasil, infelizmente, os corruptos históricos e os piores vagabundos da política são a única proteção que restou para conter ímpetos antidemocráticos. Melhor do que está não fica, o que, por vias tortas, garante a estabilidade da nossa democracia. Esta esmagadora maioria governista foi construída em torno de benesses, fisiologismo, loteamento de cargos, não a partir de um programa de governo. Tanto é que o que vimos, nos primeiros 100 dias deste governo medíocre, foi o esquartejamento do estado para distribuição metódica e calculada aos aliados, com o objetivo de garantir um projeto de poder, sem nenhuma mudança. Torçamos para que não haja ouro público suficiente para pagar um pouco mais aos corruptos históricos e aos piores vagabundos da política que ora protegem o estado de direito, convencendo-os a aprovar leis que restrinjam as liberdades individuais, como várias que estão na boca do forno, à espera do melhor momento. Para o PT e para a esquerda, estas são as reformas que interessam.Para o bem do país, que falte dinheiro.

Tirado do Coturno Noturno

sábado, 2 de abril de 2011

Mentira premiada

Mentira Premiada - Carga Tributária from Implicante on Vimeo.

PF revela detalhes do Mensalão que só Lula, José Dirceu e a "sofisticada organização criminosa" sabiam.

O Mensalão, montado pela Sofisticada Organização Criminosa comandada pelo José Dirceu, que jogou o PT e o Governo Lula na lama da corrupção, foi financiada por dinheiro desviado dos cofres públicos. A revista ÉPOCA obteve o relatório final da Polícia Federal sobre o caso. Ele revela que o dinheiro usado por Marcos Valério veio dos cofres públicos e traz novas provas e acusações contra dezenas de políticos.



São as voltas que o planeta político dá. Em Brasília, como se percebe, ele gira com especial rapidez. José Eduardo Cardozo agora é ministro da Justiça. Foi sob o comando dele que a Polícia Federal produziu sigilosamente um documento devastador, cujas 332 páginas resultam demolidoras para muitos dos próceres da República. Trata-se do relatório final da Polícia Federal sobre o caso do mensalão, que encerra oficialmente os seis anos de extensas investigações conduzidas por delegados, agentes e peritos especializados no combate ao crime organizado. A peça já está sobre a mesa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e deverá seguir em breve para o gabinete do ministro Joaquim Barbosa, o relator do caso do mensalão no Supremo Tribunal Federal.



Liderada pelo policial Luís Flávio Zampronha, delegado que coordena o caso desde o início e integra a divisão de Repressão a Crimes Financeiros, a PF vasculhou centenas de contas bancárias, esmiuçou dezenas de documentos internos das empresas envolvidas no esquema e ouviu cerca de 100 testemunhas. Produziu-se esse minucioso trabalho por determinação do ministro Joaquim Barbosa. O objetivo era produzir provas acerca dos pontos que não haviam sido contemplados nas investigações da CPI dos Correios e da Procuradoria-Geral da República. As dúvidas dividiam-se em três perguntas elementares:



1. O mensalão foi financiado com dinheiro público?


2. Houve mais beneficiários do valerioduto?


3. Qual era o limite da influência de Marcos Valério no governo petista?



A investigação da PF dissolve essas incertezas – e faz isso com muitas, muitas provas. A resposta às duas primeiras perguntas é sim, sem dúvida. A resposta à terceira? Nenhum. Não há mais argumentos falaciosos, teses descabidas ou teorias conspiratórias que permitam ignorar os fatos colhidos pela PF. Derrubam-se, assim, os mitos que setores do PT, sobretudo sob a liderança moral e simbólica do presidente Lula, tentaram impor à opinião pública. O mensalão não foi uma farsa. Não foi uma ficção. Não foi “algo feito sistematicamente no Brasil”, como chegou a dizer o ex-presidente.


O mensalão, como já demonstravam as investigações da CPI dos Correios e do Ministério Público e agora se confirma cabalmente com o relatório da PF, consiste no mais amplo (cinco partidos, dezenas de parlamentares), mais complexo (centenas de contas bancárias, uso de doleiros, laranjas) e mais grave (compra maciça de apoio político no Congresso) esquema de corrupção já descoberto no país. O significado político e, sobretudo, simbólico do fim desse debate é enorme – e pode alterar os rumos do processo do mensalão no STF, que até o momento tendia para uma vagarosa morte jurídica.Leia mais aqui.

TIRADO DO COTURNONOTURNO