quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pelegos de Dirceu de também atacam mídia e PGR.


Ao anunciar, em reunião da bancada do PT na Câmara, que uma das prioridades do partido este ano será a luta pela democratização dos meios de comunicação, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, voltou a atacar setores da mídia e do Ministério Público, que se tornaram alvo dos petistas desde o julgamento do mensalão. Segundo Falcão, há no Brasil uma oposição mais forte que a parlamentar, formada por setores da mídia e do Ministério Público. Falcão disse que essa "oposição sem cara" tenta interditar e desqualificar a política, abrindo margem para aventuras golpistas.

- Essa oposição extrapartidária abarca setores da mídia monopolizada, abarca altos funcionários do Estado que conluiam para fazer essa oposição que não se conforma em ter um presidente operário, em ter uma presidente que foi guerrilheira. São esses que tentam interditar a política no Brasil e o fazem, ao mesmo tempo, desqualificando a política. E quando a gente desqualifica a atividade política, a gente abre campo para as aventuras golpistas, a gente abre campo para experiências que no passado levaram ao nazismo e ao fascismo - disse. - Combater essa oposição sem cara, mas com voz, é um dos objetivos do PT.

No encontro com a bancada, Falcão pediu apoio dos deputados para a regulamentação de artigos da Constituição Federal que tratam da liberdade de expressão (artigos 220 a 222), afirmando que é preciso garantir a desconcentração do mercado, a produção cultural regional, a valorização da produção independente, a universalização da banda larga, e o direito de resposta.

Em entrevista, Falcão disse que setores do Ministério Público têm tido atuação partidária. Indagado se o PT defenderia o projeto do marco regulatório da mídia, apresentado pelo ex-ministro Franklin Martins no final do governo Lula, negou: - O projeto dele (Franklin), se transformado em marco regulatório, ajuda muito a ampliar a liberdade de expressão no Brasil. Quem vai votar o marco regulatório, se ele for apresentado, é o Congresso. Nós, nas nossas campanhas, documentos, vamos sustentar a necessidade de ampliação da liberdade de expressão no Brasil - afirmou. ( O Globo)

Ainda solto, José Dirceu continua sua campanha contra a Imprensa e o Judiciário.


O ex-ministro-chefe da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu prometeu uma cruzada nacional para questionar o julgamento do mensalão e combater o que chamou de "campanha da direita e da mídia contra o projeto político do PT".

"Temos agora os recursos e temos a revisão criminal e temos as cortes internacionais. Mas temos, principalmente, a luta política e a mobilização", afirmou, sobre as possibilidades que os condenados no julgamento ainda têm. Segundo ele, não houve desvio de dinheiro público. "Não há uma testemunha que diga que houve compra de votos."

De acordo com ele, a mobilização servirá "para enfrentar a ofensiva que estão movendo contra o PT e contra o companheiro Lula [Luiz Inácio da Silva] e o governo da companheira Dilma [Rousseff, presidente da República]". Dirceu reafirmou que o mensalão não foi a compra de apoio político, mas um financiamento de campanha do PT. De acordo com ele, o julgamento público dos líderes do partido começou antes do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele culpou a mídia pelo que chamou de condenação pública dos réus e pelo que classificou de pressão sobre o Supremo e sobre o parlamento.

"Se houvesse democracia nos meios de comunicação, nós não estaríamos hoje aqui, porque teríamos sido absolvidos", disse. Dirceu afirmou que mesmo com a grande visibilidade do julgamento, a oposição teve uma derrota nas urnas na última eleição.

"Toda vez que eu falo que é preciso ir às ruas, há um discurso de que nós estamos fazendo uma afronta ao STF. Pelo contrário, [questionar o julgamento] é um serviço pela democracia", disse. "Não vou baixar a cabeça. Tudo o que eu queria era estar exercendo um mandato ou estar no governo trabalhando pelo Brasil", acrescentou. Dirceu foi condenado pelo STF a dez anos e dez meses por formação de quadrilha e corrupção ativa, além do pagamento de multa de R$ 676 mil.

O ex-ministro participou ontem à noite de um debate organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para questionar supostos erros cometidos pelo STF no julgamento do mensalão, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. (Valor Econômico)
Tirado do Coturno Noturno

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Gurgel: acusação contra Lula vai ao MP esta semana

Blogs e Colunistas
29/01/2013
 às 22:19

Gurgel: acusação contra Lula vai ao MP esta semana

Na VEJA.com:
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça que poderá remeter ainda nesta semana para o Ministério Público que atua na Justiça de Primeira Instância as acusações do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Acredito que isso será feito nos próximos dias”, afirmou. “Estou apenas concluindo a análise para que possa efetivamente verificar se não há qualquer pessoa com prerrogativa de foro envolvida e, em não havendo, como o ex-presidente já não detém essa prerrogativa, a hipótese será de envio à Procuradoria da República em primeiro grau”, disse. No Brasil, autoridades têm direito à prerrogativa de foro e somente podem ser denunciadas pelo procurador-geral e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em depoimento prestado em setembro do ano passado, Marcos Valério afirmou que Lula sabia do esquema do mensalão. Na ocasião, o STF estava julgando os acusados de envolvimento com o esquema. Lula não estava entre os réus. Em dezembro, o tribunal concluiu o julgamento e condenou 25 pessoas, entre as quais Marcos Valério e o ex-ministro José Dirceu.
A remessa para a primeira instância do Ministério Público confirma informação publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que Gurgel decidira, ainda em dezembro, enviar o caso para investigação. Como o próprio Gurgel identificou novidades no depoimento, uma investigação preliminar será aberta.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um cidadão acima de qualquer suspeita


  • São abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público: a investigação das denúncias



Luís Inácio Lula da Silva se considera um cidadão acima de qualquer suspeita. Mais ainda: acha que paira sobre as leis e a Constituição. Presume que pode fazer qualquer ato, sem ter que responder por suas consequências. Simula ignorar as graves acusações que pesam sobre sua longa passagem pela Presidência da República. Não gosta de perguntas que considera incômodas. Conhecedor da política brasileira, sabe que os limites do poder são muito elásticos. E espera que logo tudo caia no esquecimento.
Como um moderno Pedro Malasartes vai se desviando dos escândalos. Finge ser vítima dos seus opositores e, como um sujeito safo, nas sábias palavras do ministro Marco Aurélio, ignora as gravíssimas acusações de corrupção que pesam sobre o seu governo e que teriam contado, algumas delas, com seu envolvimento direto. Exigindo impunidade para seus atos, o ex-presidente ainda ameaça aqueles que apontam seus desvios éticos e as improbidades administrativas. Não faltam acólitos para secundá-lo. Afinal, a burra governamental parece infinita e sem qualquer controle.
Indiferente às turbulências, como numa comédia pastelão, Lula continua representando o papel de guia genial dos povos. Recentemente, teve a desfaçatez de ditar publicamente ordens ao prefeito paulistano Fernando Haddad, que considerou a humilhação, por incrível que pareça, uma homenagem.
Contudo, um espectro passou a rondar os dias e noites de Luís Inácio Lula da Silva, o espectro da justiça. Quem confundiu impunidade com licença eterna para cometer atos ilícitos, está, agora, numa sinuca de bico. O vazamento do depoimento de Marcos Valério – sentenciado no processo do mensalão a 40 anos de prisão - e as denúncias que pesam sobre a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, deixam Lula contra a parede. O figurino de presidente que nada sabe, o Forrest Gump tupiniquim, está desgastado.
No processo do mensalão Lula representou o papel do traído, que desconhecia tratativas realizadas inclusive no Palácio do Planalto – o relator Joaquim Barbosa chamou de "reuniões clandestinas" -; do mesmo modo, nada viu de estranho quando, em 2002, o então Partido Liberal foi comprado por 10 milhões, em uma reunião que contou com sua presença. Não percebeu a relação entre o favorecimento na concessão para efetuar operações de crédito consignado ao BMG, a posterior venda da carteira para a Caixa Econômica Federal e o lucro milionário obtido pelo banco. Também pressionou de todas as formas, para que, em abril de 2006, não constasse do relatório final da CPMI dos Correios, as nebulosas relações do seu filho, Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha, e uma empresa de telefonia.
No ano passado, ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Fez chantagem. Foi repelido. Temia o resultado do julgamento do mensalão, pois sabia de tudo. Tinha sido, não custa lembrar, o grande favorecido pelo esquema de assalto ao poder, verdadeira tentativa de golpe de Estado. A resposta dos ministros do STF foi efetuar um julgamento limpo, transparente, e a condenação do núcleo político do esquema do mensalão, inclusive do chefe da quadrilha – denominação dada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel – sentenciado também por corrupção ativa, o ex-ministro (e todo poderoso) José Dirceu, a 10 anos e 10 meses de prisão. Para meio entendedor, meia palavra basta.
As últimas denúncias reforçam seu desprezo pelo respeito as leis. Uma delas demonstra como sempre agiu. Nomeou Rosemary Noronha para um cargo de responsabilidade. Como é sabido, não havia nenhum interesse público na designação. Segundo revelações divulgadas na imprensa, desde 1993 tinham um "relacionamento íntimo" (para os simples mortais a denominação é bem distinta). Levou-a a mais de duas dúzias de viagens internacionais – algumas vezes de forma clandestina - , sem que ela tenha tido qualquer atribuição administrativa. Nem vale a pena revelar os detalhes sórdidos descritos por aqueles que acompanharam estas viagens. Tudo foi pago pelo contribuinte. E a decoração stalinista do escritório da presidência em São Paulo? Também foi efetuada com recursos públicos. E, principalmente, as ações criminosas dos nomeados por Lula - para agradar Rosemary – que produziram prejuízos ao Erário, além de outros danos? Ele não é o principal responsável? Afinal, ao menos, não perguntou as razões para tais nomeações?
Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?). Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fossemos uns intrusos e ingratos, por estarmos "invadindo a sua vida pessoal."
Hoje, são abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público Federal: a investigação das denúncias, cumprindo sua atribuição constitucional. Ex-presidente, é bom que se registre, não tem prerrogativa de estar acima da lei. Em um Estado Democrático de Direito ninguém tem este privilégio, obviamente. Portanto, a palavra agora está com o Ministério Público Federal.
Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos

A verdade sobre Genoíno

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quem mandou matar Celso Daniel?

Hacker chantageia Lula em US$ 25 milhões para não divulgar na internet dados comprometedores


SÁBADO, 12 DE JANEIRO DE 2013

Hacker chantageia Lula em US$ 25 milhões para não divulgar na internet dados comprometedores

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net 
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net 

Exclusivo – Luiz Inácio Lula da Silva é vítima de uma milionária chantagem cibernética. Um hacker está cobrando a bagatela de US$ 25 milhões, em troca da não divulgação pública de informações financeiras supostamente comprometedoras do ex-Presidente da República Sindicalista do Brazil. O escândalo está providencialmente abafado por aqui – como de costume. Mas pode vazar na imprensa internacional.

A ordem do chantagista é que os milhões de dólares para o “silêncio” fossem depositados em uma conta bancária na Chechênia – de onde opera uma das mais famosas máfias da Federação Russa. O bandido do mundo virtual fez sua ameaça em uma carta (com dados criptografados). Não se sabe por qual motivo específico, o material com a ameaça endereçada a Lula foi entregue no consulado do Brasil, no Chile.

O criminoso invasor de computadores garante ter em seu poder os códigos de segurança de duas caixas de segurança que Lula teria em dois bancos na França. O hacker também assegura ter outras informações pessoais e sigilosas sobre Lula, seus familiares, além de políticos e empresários parceiros em negócios. O certo é que a temporada de dossiês contra o governo e políticos está mais que escancarada no Brasil.

O pirata chantagista seria o mesmo que divulgou criminosamente, no Twitter, o número do CPF, telefone, empresas e propriedades supostamente em nome de Lula e de outros condenados no processo do Mensalão. Até a chantagem ainda não tornada pública, o hacker alegara que divulgava os dados como um protesto contra a Justiça brasileira, apostando que toda a onda de corrupção denunciada no governo Lula “acabaria em nada”.

Em férias em Angra dos Reis, curtindo as mordomias na mansão do bilionário José Seripieri Júnior (controlador da Qualicorp, a maior gestora de planos de saúde do Brasil), Lula permanece providencialmente calado sobre todos os escândalos que afetam seu nome e reputação. Lula já sabe que é o alvo de um grande esquema ilegal de espionagem para acabar com sua carreira política. Só não consegue identificar, com precisão, quem é o mandante principal dos ataques que vem sofrendo desde que estourou a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Lula já não sabe como lidar com o desgaste de ser convocado, a qualquer momento, pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, para “prestar esclarecimentos” sobre a atuação de sua apadrinhada Rosemary Nóvoa Noronha em grandes esquemas de corrupção e tráfico de influência. Gurgel já tem em seu poder documentos que comprometem Rose e confirmam sua relação de muita intimidade e ligações permanentes com Lula. São vídeos, fotografias e notas fiscais de gastos acima do padrão salarial de uma mera servidora pública que ocupava o cargo de confiança de Secretária da Presidência da República em São Paulo.

O começo de ano com final 13 (o número do PT) parece azarento para Lula – que não conta mais com foro privilegiado ou qualquer tipo de imunidade para se blindar em investigações ou processos de investigação abertos a pedido do Ministério Público Federal.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dirceu estrebucha


Mais uma vez o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do mensalão, estrebucha e tenta, a partir de uma declaração do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vender para a opinião pública a ideia de que foi condenado sem provas e que é inocente.
Típica manobra política, pois, no campo jurídico, seu comentário não tem a menor importância nem valor para embargos infringentes, que são os únicos recursos que ainda restam a seus advogados.
Mesmo assim, só poderá fazê-lo quanto à condenação de formação de quadrilha, onde teve quatro votos absolutórios, mínimo exigido para recorrer. Quanto à corrupção ativa, foi condenado por 8 a 2.
Gurgel, em entrevista à “Folha”, voltou a comentar as provas contra Dirceu, que um dia classificou de “torrenciais”, e explicou que elas não são diretas. “Em nenhum momento nós apresentamos ele passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido ‘X’ com a finalidade de angariar apoio ao governo. Nós apresentamos uma prova que evidenciava que ele estava, sim, no topo dessa organização criminosa.”
Estava repetindo o que dissera no julgamento, quando apresentou José Dirceu como o homem que detinha o “controle final do fato", o poder de parar a ação ou autorizar sua concretização.
Foram apresentadas testemunhas de que ele é quem realmente mandava no PT então, como relembrou Gurgel na entrevista de ontem: depoimentos de políticos que diziam que qualquer acordo feito com Delúbio Soares ou José Genoino só era válido depois que o comunicavam a Dirceu por telefone; a reunião em Lisboa entre a Portugal Telecom, Valério e um representante do PTB que foi organizada por ele; indícios claros da relação de Dirceu com os bancos Rural e BMG, desde encontros com a então presidente do Rural, Kátia Rabello, até o emprego dado à sua ex-mulher no BMG e empréstimo para compra de apartamento.
O então presidente do STF, Ayres Britto, já naquela ocasião rebatendo as críticas, teve o cuidado de explicitar com bastante clareza o método que estava sendo utilizado durante o julgamento:
“(...) Prova direta, válida e obtida em juízo. Prova indireta ou indiciária ou circunstancial, colhida em inquéritos policiais, parlamentares e em processos administrativos abertos e concluídos em outros poderes públicos, como Instituto Nacional de Criminalística e o Banco Central da República”.
(...) “Provas circunstanciais indiretas, porém, conectadas com as provas diretas. Seja como for, provas que foram paulatinamente conectadas, operando o órgão do Ministério Público pelo mais rigoroso método de indução, que não é outro senão o itinerário mental que vai do particular para o geral. Ou do infragmentado para o fragmentado.”
Quando Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses, o relator Joaquim Barbosa deixou claro que coube ao petista “selecionar os alvos da propina. Simultaneamente, realizou reuniões com os parlamentares corrompidos e enviou-os a Delúbio e Valério. Viabilizou reuniões com instituições financeiras que proporcionaram as vultosas quantias. Essas mesmas instituições beneficiaram sua ex-esposa.”
Barbosa ressaltou que “o acusado era detentor de uma das mais importantes funções da República. Ele conspurcou a função e tomou decisões-chave para sucesso do empreendimento criminoso. A gravidade da prática delituosa foi elevadíssima”.
Para o relator, “o crime de corrupção ativa tem como consequência um efeito gravíssimo na democracia. Os motivos, porém, são graves. As provas revelam que o crime foi praticado porque o governo não tinha maioria na Câmara. Ele o fez pela compra de votos de presidentes de legendas de porte médio. São motivos que ferem os princípios republicanos”.
Todos esses argumentos, na época do julgamento, foram registrados aqui na coluna, e não há nenhuma novidade na fala do procurador-geral que justifique uma retomada do assunto. Apenas mais uma tentativa de desqualificar o Supremo Tribunal Federal por parte de um réu condenado.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Gurgel não se intimida com gritaria petista, e Ministério Público vai investigar Lula

 Blogs e Colunistas
09/01/2013
 às 6:31

Gurgel não se intimida com gritaria petista, e Ministério Público vai investigar Lula

Sete anos e meio depois de o escândalo do mensalão ter vindo à luz, a investigação daquelas safadagens finalmente chega perto de Luiz Inácio Lula da Silva, chefe inconteste do PT. Convenham: é por onde tudo deveria ter começado. O Ministério Público decidiu investigar Lula, tendo como base asacusações feitas por Marcos Valério. Segundo o publicitário, que operou o esquema do mensalão em parceria com petistas, o então presidente foi um dos beneficiários pessoais da lambança. Leiam trecho da reportagem de Felipe Recordo e Alana Rizzo, publicada no Estadão desta quarta. Volto em seguida.
*
O Ministério Público Federal vai investigar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério, de que o esquema também pagou despesas pessoais do petista. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu remeter o caso à primeira instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Isso significa que a denúncia pode ser apurada pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais.
A integrantes do MPF Gurgel tem repetido que as afirmações de Valério precisam ser aprofundadas. A decisão de encaminhar a denúncia foi tomada no fim de dezembro, após o encerramento do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério, que até então poupava Lula, mudou a versão após o julgamento.
Ainda sob análise do procurador-geral da República, o depoimento de Valério em setembro do ano passado, revelado pelo Estado, e os documentos apresentados por ele serão o ponto chave da futura investigação que, neste caso, ficaria circunscrita ao ex-presidente.
O procurador da República que ficar responsável pelo caso poderá chamar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. Marcos Valério também poderá ser chamado para dar mais detalhes da acusação feita ao Ministério Público em 24 de setembro, em meio ao julgamento do mensalão. Petistas envolvidos no esquema sempre preservaram o nome de Lula desde que o escândalo do mensalão foi descoberto, em 2005.
(…)
No depoimento de 13 páginas, Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com “gastos pessoais” no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. O empresário relatou que os recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de “faz-tudo” de Lula.
Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98,5 mil.
(…)
No depoimento, Valério disse que esse dinheiro tinha como destinatário o ex-presidente Lula. Ele, no entanto, não soube detalhar quais as despesas do ex-presidente foram pagas com esse dinheiro. Conforme pessoas próximas, Valério afirmou que esse pagamento ocorreu porque o governo ainda não havia descoberto a possibilidade de gastos com cartões corporativos.
Gurgel volta de férias na próxima semana e vai se debruçar sobre o assunto. A auxiliares, o procurador já havia indicado que seria praticamente impossível arquivar o caso sem qualquer apuração prévia. No fim do ano, a subprocuradora Cláudia Sampaio e a procuradora Raquel Branquinho, que colheram o depoimento de Valério, foram orientadas por Gurgel a fazer um pente fino nas denúncias.
(…)
VolteiA investigação vai chegar a algum lugar? Vamos ver. Ninguém, nem mesmo os petistas, acredita que uma operação daquele vulto tenha sido desfechada sem o consentimento e o estímulo do “chefe”. Segundo Valério, Lula sempre esteve no comando.
Em meados de setembro, reportagem  de capa de VEJA trazia o conteúdo das conversas que Valério mantinha com seus interlocutores: coincide, em grande parte, com o que conhecemos de seu depoimento ao Ministério Público.
Desde a reportagem de VEJA, os petistas deram início a uma verdadeira operação de guerra para blindar o Babalorixá de Banânia. “Não ousem tocar nele!”, gritam por aí, como se Ministério Público e Poder Judiciário existissem para satisfazer as vontades do poderoso chefão.
O trabalho de intimidação revelou-se, até agora, inútil. É evidente que as acusações feitas por Valério têm de ser investigadas. O Brasil não é a Venezuela. Não temos, não ainda, um caudilho acima da lei.
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

“O partido não é o Dirceu, nem o Lula", afirma Olívio Dutra, criticando compra de votos e formação de quadrilha do PT.


Do site da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, onde você ouvir a entrevista:
 
Militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) e garantindo ter "vida modesta", mesmo com aposentadoria de governador, Olívio Dutra falou, hoje, sobre as articulações políticas firmadas durante a primeira gestão do presidente Lula que culminaram em escândalos como o Mensalão e a Operação Porto Seguro, que envolve a ex-assessora especial do gabinete presidencial em São Paulo, Rosemary Noronha. Sem cargo político na sigla, ele participou do programa Esfera Pública, na Rádio Guaíba, nesta segunda-feira.

Olívio reiterou confiança na credibilidade do ex-presidente Lula e lembrou ter sido o primeiro ministro indicado para a Pasta das Cidades, criada durante o primeiro mandato. Olívio disse, porém, que o Ministério foi usado como instrumento de troca entre os partidos da base aliada. O ex-governador foi demitido do cargo em julho de 2005, o que permitiu ao governo Lula abarcar o Partido Progressista na base de sustentação.

O ex-ministro disse ainda que o ex-presidente sofria todo tipo de pressão para ter governabilidade e chegou a alertar que os aliados podiam denegrir a história do PT e do ex-presidente. “Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido a medida que vão chegando pessoas. Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos”, ressaltou.

As declarações foram feitas no mesmo programa do qual o petista José Genoíno também participou. Na semana passada, o deputado federal foi empossado na Câmara dos Deputados. O condenado no processo do Mensalão mencionou o artigo 5º da Constituição que prega que o indivíduo somente pode ser culpado depois de sentença penal transitada em julgado e se disse apto para permanecer no cargo legislativo. “Fui condenado à noite e no dia seguinte eu saí do governo porque era um cargo comissionado. É diferente de uma eleição onde os eleitores me delegaram como suplente. Esses eleitores não têm tido nenhuma restrição, por isso, estou assumindo tranquilamente, de maneira muito serena”, alegou. Genoíno foi condenado a seis anos e 11 meses de prisão e multa por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do Mensalão. Se cumprir a pena, deve ser em regime semiaberto.

Para Olívio, Genoíno errou em ter assumido. “É uma opinião pessoal, mas tenho convicções de que assumindo nessas condições não foi a melhor escolha para a tua própria trajetória e para o sentimento partidário”, ressaltou.

Olívio Dutra ainda disse que não está decepcionado com o partido. A sigla, na visão do político, é muito maior que o esquema de compra de votos e formação de quadrilha. “O partido não é o Dirceu, nem o Lula, nem a Dilma, nem o Tarso, nem o Olívio. O partido é uma construção coletiva da democracia brasileira”, disse. Ele complementou, porém, dizendo que o Mensalão foi um conjunto de erros entre o partido e os políticos que se beneficiaram com os delitos. “As instâncias partidárias não estavam suficientemente azeitadas e foram atropeladas por estas ilustres pessoas do partido”.
Tirado do Coturno Noturno

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Tucanos não abrem o bico sobre Genoíno.


Hoje o PT soltou um manifesto onde diz estar sendo perseguido e que querem desmoralizar Lula. Ataca a Justiça, a Mídia e a Oposição. A quadrilha está cada vez mais valente, desaforada e sem limites. E Genoíno assumiu uma cadeira na Câmara, enlameando ainda mais o Legislativo. Isto acontece por que na oposição só quem fala é um moço lá do PPS, partido que tem dono, que por sinal está botando a legenda à venda,  querendo uma fusão que permita atrair Marina Silva para disputar 2014. No PSDB ninguém abre o bico. A última notícia sobre o seu maior líder é que reatou com a namorada e fez reveillon na Isla Privilége, em Angra dos Reis. Obviamente, pegou seu helicóptero e foi embora antes das enchentes anuais que continuam causando tragédias por lá. Aliás, tragédia é o que melhor identifica a nossa oposição.
Tirado do Coturno Noturno

Dia da Vergonha na Câmara.


O quadrilheiro José Genoino, condenado a regime fechado pelo maior crime de corrupção política da história deste país, será empossado hoje, como deputado,num dos dias mais vergonhosos para o Legislativo brasileiro.

Condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa no processo do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino entregou na Câmara os documentos para tomar posse como deputado federal. Genoino foi eleito suplente nas eleições de 2010 com 92.362 votos. Volta à Câmara na vaga de Carlinhos Almeida, novo prefeito de São José dos Campos (SP). 

A posse de Genoino está marcada para hoje às 15h, com outros 13 parlamentares. "Só falo amanhã [hoje], depois da posse", disse o ex-presidente do PT, após visitar a liderança do partido na Casa. Na saída, ele se irritou com o assédio de jornalistas e chamou um deles de "torturador moderno". A Folha não conseguiu ouvir o que havia sido dito a Genoino. No primeiro turno da eleição municipal, o petista afirmou que alguns jornalistas são "torturadores da alma humana". 

Segundo aliados, o petista espera agora permanecer no mínimo um ano no cargo. Em 21 de dezembro, o Ministério Público pediu a prisão imediata dos condenados ao presidente do Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa negou o pedido. Na decisão, o ministro argumentou que o entendimento da corte é de aplicar as punições quando não houver mais recursos da defesa. 

Quando isso ocorrer, ainda sem previsão, ele passará a cumprir a pena imposta pelo STF, que decidiu pela perda automática do mandato. Genoino viajou a Brasília na véspera da posse para, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, "fazer as coisas com calma". A Folha apurou que Genoino procurou a liderança do PT para resolver questões práticas do mandato, como o gabinete que ocupará no Congresso.
Tirado do Coturno Noturno