quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Quem é Luiz Inácio Lula da Silva




Logo embaixo do verniz político está um homem simples demais para ser nosso presidente; danosamente simples demais. O que impressiona é como isso pôde passar despercebido do imaginário popular.
O Millôr começou por dizer que, seguindo um critério de Lombroso, Lula é um fronteiriço. Aliás, Enéias, o Breve, também disse isto em já célebre sessão do Conselho de Ética esses dias.
Mas Lula é antes de tudo um fraco. Fraco de cabeça, de instintos baixos, não maus, mas baixos, rudes, toscos. É irascível, odiento, sangüíneo, sialorréico e sudorréico. Em seu pícnico aspecto encerra em sua grossa carapaça sertaneja uma mente prática, adaptada para a sobrevivência física e que desdenha as sutilezas intelectuais nos outros. Uma mente que se compraz em obter vantagens ecológicas guiando uma existência física em um corpo sertanejo entre os espinhos da vida. Eis a sua faculdade da vida. Eis a sua contradição nordestina: apesar disso, Lula é um ... fraco!
Disfarça isso entre lágrimas fáceis e apelativas, escravas do pieguismo fronteiriço, que faz às vezes de uma doutrina moral facilitadora para o seu intelecto limitado. Isso ainda lhe rende uma proximidade calorosa com as massas que nele vêem um igual, que com luxúria contagiante compartilham seus QIs em uma sintonia  barulhenta de lascívia, de apetites coletivos, de ardores físicos comunitários em bem tipificada cumplicidade mental onde a moralidade precisa ser relaxada. Dizer intelecto limitado, porém, não é o mesmo que dizer que o ainda presidente seja burro ou falto de inteligência. Ele é a elite dos burros!
Esta ressalva é importante para a sua caracterização política. Ela revela no campo da política um espírito adaptativo típico dos populistas bem sucedidos que prosperam em situações de cultura estreita, de erudição nula e refinamento intelectual escasso, usando com desenvoltura sua inteligência adaptativa. Em suma, ele detém uma inteligência política do tamanho certo para uma cultura política incipiente, como é o caso brasileiro. Lula é bem brasileiro neste sentido; é majoritário nesta capacidade e neste mister de raposas, de astutos e de espertos. Afinal, a marca do caipira é a esperteza.
Como vêem, o problema da análise psicológica de Lula é que ela é melhor traduzida a partir da sua estatura física, de sua estrutura material tosca, mais do que de sua mente ou intelecto, ou do reino do abstrato. Quero assim enfatizar sua figura ornada pelos trejeitos cênicos, a voz rouquenha e sibilante, seus arroubos típicos que o levam rapidamente da simpatia à ridicularia de bufão bajulado, sem que ele se dê conta disso; a composição da imagem que lhe compõe gratuita e facilmente, o que inclui o nome, agora título. Seu nome, Lula, é um codinome disso; um autocodinome. Lula é um símbolo do qual queremos fazer um conceito para melhor entendê-lo. Para toda las gentes és un simbolo. Mas um símbolo que é parte integrante desse conceito. Lula o reverberou, o admitiu, o assimilou muito cedo na vida política. Compôs sua maturidade nele, quando deveria estar fazendo ou construindo outros papéis para si. “Lula” é uma grife, um logo, um simulacro. Sua “galega”, como se referiu à sua mulher nos bons tempos de alegria, deve ter participado desse entendimento e desta formação psicológica. Ela mesma foi maquiada e produzida para reforçar este papel. Hoje, na crise, e não tenho dúvida, no sofrimento, isso serve para realimentar a fantasia onde se escondem.
Hoje o vemos como uma personalidade pública que sofreu uma manipulação artificial no sentido de lhe criar um estofo social utilitário. Através da introjeção de papéis políticos convenientes e necessários à ideologia socialista, se lhe tornou possível a criação de uma finalidade, um sentido para a sua vida. Seu psiquismo mais grotesco e bronco assim ganhou uma camada fina e removível de verniz filosófico e político; uma pseudo-educação tardia, uma vocação imposta pelas exigências dessa ideologia, ainda que incrivelmente deslocada. Lula se tornou um socialista incapaz de ler o socialismo e ainda assim é contemplado com a mais nobre e alta missão. Aliás, quando lhe perguntaram se era socialista, ele se saiu pela tangente, dizendo-se torneiro mecânico apenas, fazendo questão de se passar por alheio a essas sutilezas teóricas. Lula é uma criatura onde foi inscrita uma missão política; deixada por si mesmo é nada, é sonho puro, desejo, emoção. Se alguém pudesse fazer um clone dele, não notaria a diferença dos dois.
O aspecto psicológico mais visível de sua personalidade, assim, é a volição, um elemento substancial na vida de qualquer político. Lula a tem em abundância. É pura vontade de poder, ou melhor, poder de vontade, invertendo Nietzsche. Vontade de ter e de comer. Tem no mais alto grau em si o voluntarismo, confundindo-o com a vontade política da qual ouviu falar como qualidade do político que faz, que constrói, ou modela. Ocorre, entretanto, que tal qualidade contamina a personalidade sonhadora e fantasiosa, sua única abstração. O resultado desse sistemático viver é a aposta permanente na utopia, no reino do futuro, em um idealismo que lhe consome o pouco de razão pensante de indivíduo primitivo.
O menos visível, no entanto, e que somente agora se revela publicamente, são os seus sentimentos pouco nobres: ressentimento, inveja, ódio. Notei antes o odioso como componente de sua psique, como pathos que se descarrega, que se dissipa, desculpável em qualquer homem. Mas aqui o ódio que se deixa acumular lhe confere um valor ou caráter negativo. Isso lhe dá um potencial para a maldade invejosa, a qual produz um traço permanente de presença, uma ação obstinada que a causa socialista requer, infunde, magnifica e justifica. No mesmo tom, a inveja, o sentimento socialista por excelência, que Nietzsche tinha flagrado nos primeiros cristãos diante do senhor romano, é uma constante psicológica, sua definidora principal de personalidade. O ressentimento, comparado aos sentimentos anteriores, é até brando em sua personalidade. Lula consegue dividi-lo mais facilmente com os companheiros; é um sentimento que tende ao compartilhamento, justo que reconhecível, diferente do ódio e, principalmente, da inveja, esta, impossível de admissão consciente. De fato, a inveja é sentimento que não se reconhece. Quando presente exige dissimulação. É, neste sentido, a mãe da mentira. Lemos o espírito de Lula e nele vemos a mentira como a m ais registrada das marcas do socialista. Mentir é uma segunda, diria, primeira natureza no socialista. Lula nem percebe isso quando a confirma diuturnamente para si e para os outros. Mentir é o agir principal do socialista. Mentir para si mesmo, contudo, revela distanciamento da realidade, o que se vê mais claramente nos momentos críticos, como agora, onde se faz a leitura de uma postura arrogante que arrosta a tudo e a todos a partir de uma visão auto-elogiosa, imodesta, que começou com um: “ninguém conhece esse país como eu”; que evoluiu para um “sou um homem sem pecado”; e que, por enquanto, culmina no lamentável “neste país não existe ninguém que possa me ensinar ética e honestidade”.
Mentiras, fantasias, sonhos, abstrações infantis, mais um pathos de bonomia, empatia, simpatia - de longe a característica mais conspícua e por tal reconhecida popularmente -, e a identificação com o que é mais rude, mais simples, mais chão, mais povo inculto: eis a cadeia e o círculo interior onde vive e sobrevive. Entre elas a linguagem, cuja única fluência é no sentido das futilidades da vida prática e cujo conhecer tende a ser anedótico, lúdico, irresponsável e leviano. Deste provêm a profusão de bobagens ditas e repetidas; jamais lidas, sempre toleradas pelos ingênuos, mas também pelos mal intencionados cultos de que dele se valem; besteiras e asneiras que nascem espontaneamente de dentro desse oco mental, em forma pura, não burilada pela análise racional – mais sentido e percepção que conhecimento processado. Porém, em sociedade e, em especial, na sociedade política, que o habilita para o desejoso poder, tal limitação o torna presa dos mais inteligentes, dos mais racionais, dos mais pensantes, que lhe ensinam a odiar por maldade, como disse, algo que não lhe é inato.
Lula é patético. É digno de pena. O povo reconheceu isso há muito tempo. O povo, ele mesmo, é patético. Querendo agradar-lhe e de se ver nele, o fez presidente de todos, infelizmente, mesmo sendo ele despreparado para a vida de nós outros, pois que escassamente assim é para si. Agora Lula sofre o passo mal dado, ousadamente mal dado, além da perna, do nariz, dos olhos e dos ouvidos. Caminhou com o coração rude e sangüíneo, o qual, talvez lhe bastasse, mas nunca a nós outros. O povo escolheu esse caminho por puro engano, puro engodo e propaganda falsamente humanista. O resultado, agora colhemos.
O diagnóstico que agora construo dessa personalidade marcante e inesquecível pelo dom que teve em arranhar a História e nela, à força, se inscrever, apenas está começando. Muitos se debruçarão sobre o mesmo tema, medindo-o por todos os seus lados visíveis e invisíveis. Porém, cada vez menos o lado do imaginário que não deu certo, que se mostrou falso e inverídico. Lula como homem não é uma farsa ou uma máscara. Ou é? Esta pergunta atende à diferença que procuro ressaltar: Lula é facilmente desmascarável, desmentível, desmistificável. Logo embaixo do verniz político está um homem simples demais para ser nosso presidente; danosamente simples demais. O que impressiona é como isso pôde passar despercebido do imaginário popular. A intensidade do fenômeno sociológico que a revolução de Gramsci foi capaz de fazer, explica tudo, entretanto, embora Lula não seja a criação do gramscismo ou seu fruto, verdadeiramente. Outros virão para cumprir o papel idealizado e então veremos. Estamos a um passo da segunda ofensiva gramscista, de um novo ciclo revolucionário; um verdadeiro teste para o socialismo tropical do qual até agora Lula foi o animal político mais representativo.

Lula é vagabundo com todas as letras e definições, mas crê que seus desafetos são iguais a ele.


(*) Ucho Haddad
Dono de verborragia que não coaduna com o cargo que ocupou, Luiz Inácio da Silva é o retrato vivo do pior e mais corrupto período político da história do Brasil. Lula, o semideus, tem motivos de sobra para estar atormentado, mas descontrole sempre foi o seu forte, especialmente quando está acuado e tenta reagir. Essa atitude animalesca de ir contra o eventual predador faz de Lula um personagem da pior espécie, um exemplar détraqué da raça humana.
Covarde contumaz, pois nunca fala o que pensa a respeito de alguém de forma direta e objetiva, Lula certa feita chamou de “idiota” o secretário-geral da FIFA, Jérome Valcke, que cometeu o pecado de externar sua justa preocupação com os aeroportos brasileiros. Herói de botequim, pois só os ébrios se enchem de repentina coragem, o ex-presidente vociferou a ofensa de maneira transversa e inominada, pois o ex-metalúrgico não honra as calças que veste. Lula é um borra-botas com todas as letras.
Preocupado com os desdobramentos de diversos escândalos de corrupção, os quais podem levá-lo de roldão ao núcleo de cada um dos imbróglios, Lula saiu de cena durante duas semanas, tempo suficiente para a camarilha petista organizar um esquema de blindagem e disparar ordens aos genuflexos filiados ao partido. Montada a farsa, Lula voltou de viagem com meia dúzia de palestras canceladas, o que turbinou ainda mais a sua ira. Não pelo dinheiro que deixará de receber, pois o vil metal ele soube amealhar durante os oito anos em que esteve no Palácio do Planalto, mas pelos arranhões em sua imagem.
Sem saber no que podem dar as investigações do Ministério Público Federal a partir das recentes denúncias de Marcos Valério ou, então, temendo um descontrole de Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, que pode abrir a boca a qualquer momento e revelar o que sabe, Lula está literalmente atordoado. Cenário nada favorável para quem está se recuperando de um câncer.
Durante evento no ABC paulista, onde falou para ensandecida claque de sindicalistas, Lula voltou a abusar do “non sense” e declarou que percorrerá o Brasil em 2013 e que não será derrotado por qualquer “vagabundo”. Como sempre tomado pela covardia, o ex-metalúrgico mandou um recado sem destinatário e sem endereço, pois metade do Brasil quer vê-lo derrotado. Considerando que o que mais lhe preocupa no momento é uma eventual ação do Ministério Público, Lula pode ter chamado Roberto Gurgel de “vagabundo”. Se o procurador-geral da República era o alvo do xingamento, Lula pode ter se equivocado e precipitado, pois de “vagabundo” ele nada atem. Até porque, Roberto Gurgel prometeu entregar no STF, na sexta-feira, o pedido de prisão imediata dos mensaleiros condenados, mas se antecipou e entregou dois dias antes. Em outras palavras, Gurgel, diferentemente de um “vagabundo”, trabalhou arduamente e com afinco e celeridade.
Considerando que o MP é o seu calcanhar de Aquiles, Lula pode ter chamado de “vagabundo” o seu outrora salvador e agora desafeto Marcos Valério, que foi até Roberto Gurgel para contar detalhes extras e comprometedores sobre o Mensalão do PT, que o ex-presidente inicialmente admitiu, depois negou, para, ao final, dizer que foi um golpe articulado pela oposição, setores da imprensa e Judiciário. O que mostra que a Lula falta imaginação e criatividade, pois o discurso é velho e repetitivo.
Admitindo que Lula tenha usado o vernáculo “vagabundo” para se referir ao publicitário mineiro, apenas porque contou um pouco de tudo o que sabe, Lula deveria conceder a mesma deferência a Roberto Jefferson, o delator do Mensalão do PT. Que também contou o que sabia, quem sabe apenas parte. Se na opinião de Lula o operador do mensalão é “vagabundo” porque foi condenado, vagabundos também são os outros 24 condenados.
Se a namorada Rosemary Noronha não suportar a pressão surtar e resolver contar tudo o que de errado aconteceu no escritório paulistano da Presidência da República, Lula, por questão de coerência, terá de chamá-la de “vagabunda”. O que ninguém sabe se esse é o real pensamento de Dona Marisa sobre a Marquesa de Garanhuns.
Como o seu primeiro diploma foi o de presidente da República, Lula pode não saber o significado exato da palavra “vagabundo”. Nos bons dicionários da língua portuguesa, que o petista jamais ousou abrir ao menos uma vez, há diversas definições para “vagabundo”. A primeira faz menção àquele que é nômade, andarilho, vagamundo. Tomando por base as inúmeras, quase intermináveis, viagens internacionais que fez, Lula é um “vagabundo”. Levando-se a sério a afirmação de que ele andará pelo Brasil, em 2013, Lula está prestes a ser um “vagabundo”.
A segunda definição para o vernáculo também se encaixa com Lula, pois faz referência àquele que é “vadio, desocupado ou que faz as coisas sem vontade”. Pois bem, voltando no tempo e parando em 1988, ano da Assembleia Nacional Constituinte, Lula, alegando que no Congresso existiam trezentos picaretas, virou as costas e não mais voltou à labuta. Como estava sem vontade de cumprir os compromissos de um parlamentar, Lula tornou-se um “vagabundo”. Durante parte da vida, Lula se instalou na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos, cargo típico de desocupado. Portanto, segundo o Aulete, Lula é “vagabundo” de longa data.
A terceira definição do dicionário para a palavra “vagabundo” refere-se a quem demonstra inconstância ou é volúvel. Analisando sua ideologia ao longo dos anos, Lula é um perfeito “vagabundo”. Em relação a ser solúvel, Lula é um “vagabundo” inconteste. Afinal, durante duas décadas criticou os banqueiros e o FMI, mas para chegar ao poder se aliou a eles. Outra prova da sua volubilidade está relacionada ao senador José Sarney, a quem criticou com palavras duras durante longos anos, mas no primeiro aperto na presidência pediu ajuda ao maranhense.
A quarta definição faz referência ao reles, ordinário, inferior. Como presidente ele conseguiu ser reles. Como político não precisou de esforço algum para ser ordinário, que é aquele de baixo valor moral e intelectual. Como alguém que promete e não cumpre, ele é inferior. Resumindo, nesses três quesitos Lula não deixa dúvidas de que é um “vagabundo” de careteirinha e com direito a fã clube.
Por fim, o dicionário traz uma definição que faz referência a quem é infame, canalha e desonesto. No quesito da infâmia, Lula é um “vagabundo” ousado e mundialmente conhecido. Como o canalha é aquele que comete ações “vis, desprezíveis e indignas”, segundo o Aulete, Lula é um perfeito “vagabundo”. Na seara da desonestidade, Lula já mostrou essa sua vertente ao abafar escândalos diversos. Um deles foi o do fatídico Dossiê Cuiabá, cujos aloprados foram presos pela Polícia Federal, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão em dinheiro. E o delegado do caso foi afastado. Outro viés da sua desonestidade ficou provado na tentativa de chantagear o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, apara que o julgamento do Mensalão do PT fosse adiado. Somando tudo isso, Lula é um “vagabundo” considerável.
Hoje, Lula não passa de um reles cidadão e a ele me dirijo como sempre fiz nos tempos de presidência. Assim como milhões de brasileiros de bem, considero Lula um vagabundo com todas as letras e rimas, além de acintoso. O que causa mais tristeza é que durante oito anos, por culpa de uma parcela incauta que foi abduzida pelas esmolas sociais e pelas pilhas de carnês vencidos, o Brasil esteve nas mãos de um vagabundo, agora sem as aspas porque a declaração é minha e não sou covarde como ele, que destruiu o País, levando-o à encruzilhada da insolubilidade. Coisa de vagabundo.
Caso Lula ouse me chamar de vagabundo, esse vagabundo terá de acertar as contas comigo, pois o meu conhecimento e o meu intelecto não me permitem uma nivelação tão rasa, chula e desprezível. Como o Natal está batendo à porta, pedirei ao bom Noel, mesmo com certo atraso, um presente não material. Que Lula deixe de aparecer por causa das sandices que balbucia, não sem antes se contentar com a insignificância de um vagabundo que acredita ser herdeiro de Aladim. E eu, Lula, mesmo não sendo um vagabundo desses que você conhece, farei tudo o que estiver ao meu alcance para derrotá-lo. Anote!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Oposição ridícula


Capa de O Globo, hoje
Vejam a foto no centro da capa de um dos mais importantes jornais do Brasil. Um bandido, chefe de quadrilha. Um ator de segunda classe. Meia dúzia de corruptos espalhados dentro de uma sofisticada organização criminosa, fantasiada de partido. Governadores fisiológicos organizando cararavanas de solidariedade. Capas de jornal. Manchetes. E a oposição não mexe um dedo para defender o Supremo Tribunal Federal e a Constituição do Brasil. Daqui a pouco, os bandidos viram heróis. Foi assim em 2005. Será assim em 2012? Onde estão Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Guerra? Se eles não defendem o Estado de Direito e a Democracia,  por que os defendemos?
Tirado do Coturno Noturno

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Investidores da Petrobrás processam Dilma e Gabrielli por prejuízo de US$ 1 bilhão com refinaria nos EUA

17/12/2012
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

Investidores estrangeiros e brasileiros da Petrobrás vão interpelar judicialmente, nos Estados Unidos, a Presidenta Dilma Rousseff, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, a atual e o ex-presidentes da Petrobrás, Maria das Graças Foster e José Sérgio Gabrielli, além do diretor financeiro da empresa, Almir Guilherme Barbassa, e Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora. Todos terão de explicar o que está por trás da lesiva compra de uma refinaria tecnologicamente ultrapassada, em Pasadena (Texas, EUA). Exemplo hediondo de “privataria petralha”, a negociata deve gerar um prejuízo de até US$ 1 bilhão à estatal de economia mista e seus acionistas. O escândalo gerencial é alvo de uma auditoria no Tribunal de Contas da União.

O ato lesivo de desgovernança corporativa também é motivo de questionamentos de acionistas ao Conselho de Administração da companhia, que é presidido por Guido Mantega. A negociata foi fechada em 2006 na gestão de Gabrielli, quando a então chefe da Casa Civil de Lula da Silva, Dilma Rousseff, presidia o CA da Petrobrás. Na época, Dilma teria sido contra a operação feita por Gabrielli, mas a reclamação dela de nada adiantou, já que o presidente da empresa era (e continua sendo) homem de super-confiança do chefão Lula. Este foi um dos motivos que fez Dilma, quando assumiu o Planalto, substituir Gabrielli por Graça Foster – que agora tem um bilionário prejuízo para resolver, não bastassem os problemas de superfaturamento na refinaria Abreu e Lima (Rnest/PE) e no Comperj de Itaboraí, e dos questionáveis projetos de refinarias premium no Ceará e Maranhão.

O caso ganha repercussão midiática com as recentes reportagens do Estadão e da revista Veja. Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a Pasadena Refining System Inc por US$ 42,5 milhões. Em 2006, os belgas venderam 50% das ações da empresa para a Petrobrás por US$ 360 milhões. Como a refinaria, defasada tecnologicamente, não tinha como processar o pesado petróleo brasileiro, belgas e brasileiros fizeram um contrato para dividir o megainvestimento de US$ 1,5 bilhão. Se houvesse distrato, uma das partes teria de reembolsar a outra. Em 2008, como houve briga, os belgas acionaram a Petrobrás a pagar U$ 700 milhões. Em junho deste ano, perdendo a causa, a Petrobrás se viu obrigada a torrar US$ 839 milhões para assumir o controle da Pasadena.

O negócio ruim ficará ainda pior. Na gestão Graça Foster, a Petrobras tomou a sábia decisão de se livrar do mico texano – negócio articulado por Gabrielli e tocado por seu diretor financeiro Almir Barbassa (que continua no mesmo cargo na gestão Graça). Também participaram da operação que agora rende um megaprejuízo Nestor Cerveró, diretor financeiro da BR Distribuidora, e o Alberto Feilhaber – que foi empregado da Petrobrás durante 20 anos e que agora é vice-presidente da Astra Oil (segundo a ficha dele no Linkedin).

Graça Foster está na encruzilhada por causa da herança maldita deixada por Gabrielli. Colocada à venda, dentro da política de venda de ativos para reduzir prejuízos, a Pasadena recebeu uma única e ridícula oferta de compra de US$ 180 milhões feita pela transnacional Valero, sediada nos EUA. Como as operações temerárias de Gabrielli-Barbassa-Cerveró torraram US$ 1,199 bilhão da Petrobrás, se a venda for bm sucedida, a estatal de economia mista tupiniquim amargará quase R$ 1 bilhão em perdas – o que vai afetar a péssima renumeração dos irados investidores nacionais e internacionais – que vão brigar na Justiça.

O desgaste de tal ação pode alimentar ainda mais a briga intestina entre Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva – que agora é alvo de uma campanha de desconstrução de imagem gerada pelo envolvimento de pessoas íntimas dele em megaescândalos de corrupção. Não bastassem o Mensalão, o Celso Daniel e o Rosegate, Lula pode ter problemas com o Gabrielligate. Para piorar o cenário, Dilma Rousseff não tem mais teto para permitir que Almir Barbassa continue na diretoria financeira da Petrobrás, acumulando com a presidência da PFICO – o braço financeiro-internacional da companhia. Dilma identifica Barbassa como um braço de Gabrielli, mas não mexe com ele que é considerado o homem mais poderoso da Petrobrás, acima até a presidente Graça.

Por que será que Dilma não mexe com o poderoso Barbassa? Talvez nem ela tenha condições de responder...

Caso Celso Daniel e Gilberto Carvalho, tudo a ver!

sábado, 15 de dezembro de 2012

ESCÂNDALO BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração, alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo?

 Blogs e Colunistas
15/12/2012
 às 20:56

ESCÂNDALO BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração, alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo?

É do balacobaco!
Desde que Sérgio Gabrielli, o buliçoso ex-presidente da Petrobras, deixou a empresa, os esqueletos não param de pular do armário. A presidente Dilma Rousseff o pôs para correr. Ele se alojou na Secretaria de Planejamento da Bahia e é tido como o provável candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner. Dilma, é verdade, nunca gostou dele, desde quando era ministra. A questão pessoal importa menos. Depois de ler o que segue, é preciso responder outra coisa: o que ela pretende fazer com as lambanças perpetradas na Petrobras na gestão Gabrielli? Uma delas, apenas uma, abriu um rombo na empresa que passa de UM BILHÃO DE DÓLARES. Conto os passos da impressionante reportagem de Malu Gaspar na VEJA desta semana. Prestem atenção!
1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.
2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável”.
3 – Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras éAlberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.
Calma! O escândalo mal começouSe você acha que o que aconteceu até agora já dá cadeia, é porque ainda não sabe do resto.
4 – A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…
5 – … a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!
6 – E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?
7 – É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião.DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.
8 – A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. APetrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!
9 – Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.
10 – Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,199 bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.
11 – Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.
12 – Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.
13 – Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto.
EncerroDurante a campanha eleitoral de 2010, o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez propaganda de modo explícito, despudorado. Chegou a afirmar, o que é mentira descarada, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a sua gestão, tinha planos de privatizar a Petrobras.
Leram o que vai acima? Agora respondam: quem privatizou a Petrobras? E noto, meus caros: empresas privadas não são tratadas desse modo porque seus donos ou acionistas não permitem. A Petrobras, como fica claro, foi privatizada, sim, mas por um partido. Por isso, foi tratada como se fosse terra de ninguém.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Lula pegou dinheiro do Mensalão, confessa Marcos Valério.


O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse no depoimento prestado em setembro à Procuradoria-Geral da República que o esquema do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" de Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio a uma série de acusações, também afirmou que o ex-presidente deu "ok", em reunião dentro do Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada.

Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados são pagos pelo partido. Também deu detalhes de uma suposta ameaça de morte que teria recebido de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo que hoje dirige o instituto do ex-presidente, além de ter relatado a montagem de uma suposta "blindagem" de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel. Por fim, acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE).

A existência do depoimento com novas acusações do empresário mineiro foi revelada pelo Estado em 1.º de novembro. Após ser condenado pelo Supremo como o "operador" do mensalão, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral da República. Queria, em troca do novo depoimento e de mais informações de que ainda afirma dispor , obter proteção e redução de sua pena. A oitiva ocorreu no dia 24 de setembro em Brasília - começou às 9h30 e terminou três horas e meia depois; 13 páginas foram preenchidas com as declarações do empresário, cujos detalhes eram mantidos em segredo até agora.

Estado teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho. Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" bem no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. Os recursos foram depositados, segundo o empresário, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, uma espécie de "faz-tudo" de Lula.

O operador do mensalão afirmou ter havido dois repasses, mas só especificou um deles, de aproximadamente R$ 100 mil. Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98.500.

Segundo o depoimento de Valério, o dinheiro tinha Lula como destinatário. Não há detalhes sobre quais seriam os "gastos pessoais" do ex-presidente. Ainda segundo o depoimento de setembro, Lula deu o "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural. Segundo concluiu o Supremo, as operações foram fraudulentas e o dinheiro, usado para comprar apoio político no Congresso no primeiro mandato do petista na Presidência.

No relato feito ao Ministério Público, Valério afirmou que no início de 2003 se reuniu com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, no segundo andar do Palácio do Planalto, numa sala que ele descreveu como "ampla" que servia para "reuniões" e, às vezes, "para refeições". Ao longo dessa reunião, Dirceu teria afirmado que Delúbio, quando negociava com Valério, falava em seu nome e em nome de Lula. E acertaram, ainda segundo Valério, os empréstimos.

Nessa primeira etapa, Dirceu teria autorizado o empresário a pegar até R$ 10 milhões emprestados. Terminada a reunião, contou Valério, os três subiram por uma escada que levava ao gabinete de Lula. Lá, na presença do presidente, passaram três minutos. O empresário contou que o acerto firmado minutos antes foi relatado a Lula, que teria dito "ok".

Dias depois, Valério relatou ter procurado José Roberto Salgado, dirigente do Banco Rural, para falar do assunto. Disse nessa conversa que Dirceu, seguindo orientação de Lula, havia garantido que o empréstimo seria honrado. A operação foi feita. Valério conta no depoimento que, esgotado o limite de R$ 10 milhões, uma nova reunião foi marcada no Palácio do Planalto. Dirceu o teria autorizado a pegar mais R$ 12 milhões emprestados.

Portugal Telecom. Em outro episódio avaliado pelo STF, Lula foi novamente colocado como protagonista por Valério. Segundo o empresário, o ex-presidente negociou com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, o repasse de recursos para o PT. Segundo Valério, Lula e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reuniram-se com Miguel Horta no Planalto e combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT. O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publicitários que prestaram serviços para campanhas petistas.

As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino, e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri. Segundo o presidente do PTB, Roberto Jefferson, Dirceu havia incumbido Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB. Essa missão e os depoimentos de Jefferson e Palmieri foram usados para comprovar o envolvimento de José Dirceu no mensalão.(Estadão)
Tirado do Coturno Noturno

sábado, 8 de dezembro de 2012

Segundo petista, Rose teve "papel secundário" na máfia do Gabinete. Sim, ela era apenas a "número dois" do Lula.

O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), disse ontem durante reunião do diretório nacional do partido que Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, teve um papel "absolutamente secundário" no esquema de venda de pareceres desbaratado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Rosemary foi indiciada por corrupção e tráfico de influência na ação da PF.

"Está muito nítido, com o que se tem até então, que a própria Rosemary tem papel absolutamente secundário", afirmou Vargas. A operação da PF, segundo ele, não foi tratada no encontro. Ele disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser responsável pelo que Rosemary fez. Foi o ex-presidente quem a indicou para o cargo quando ainda estava no Palácio do Planalto - ela foi mantida durante a gestão Dilma Rousseff.

"Nenhum homem público pode, nem pessoa que está na atividade pública, é responsável pelo que faz o seu assessor no exercício do mandato, muito menos um ex-assessor", disse o secretário do PT. Segundo ele, Rosemary Noronha, ao contrário do que chegou a ser noticiado, não pediu proteção ao partido.

Vargas comentou ainda a afirmação do ex-presidente Lula, que, em viagem a Berlim, disse ontem não ter ficado "surpreso" com a operação que envolveu uma ex-auxiliar dele. Segundo o deputado, Lula não se surpreendeu porque a "Polícia Federal trabalha". "Se tiver alguém cometendo equívoco, ou será a Polícia Federal, ou será o Ministério Público (que vai investigar)." Para Vargas, a PF não é seletiva, e investigou, desde o governo Lula, PT, PMDB e PSDB. (Estadão)

Tirado do Coturno Notuno

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bomba! Como Rosemary entrou com 25 milhões de euros em Portugal


02/12/2012 21:42

Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha
Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha


Na nota anterior dei a pista sobre a existência de uma conta na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto. Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.

Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.

Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.

Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.

A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.

A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.

Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: "Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.

Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.

Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.


Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros correspondem a R$ 68 milhões. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Gabinete do Lula em São Paulo achacava autoridades.


Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal em duas operações mostram que a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha fez gestões para ajudar o ex-presidente do PT José Genoino e o médico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma
A Operação Overbox, de 2004, tentava desarticular um grupo que facilitava a entrada de produtos contrabandeados no aeroporto de Guarulhos (SP). Rose foi flagrada em duas conversas com o delegado Wagner Castilho, um dos responsáveis pela segurança do aeroporto. Em uma, de 5 de outubro, os investigadores anotaram no relatório uma conversa de ambos em que ela tentava resolver o trâmite de um porte de arma para o então segurança de Genoino, que à época presidia o partido.
"Rose fala que está precisando de duas coisas. Uma é o porte de arma para o motorista do deputado, presidente do Partido dos Trabalhadores". Segundo a PF, Castilho explicou o procedimento e disse que "leva em mãos e se tiver algum óbice resolve". Ela disse que ficaria "no aguardo dessa coisa do Genoino".
No outro diálogo, em14 de setembro, Rose briga com Castilho. O motivo: ela tentara falar com ele mais cedo porque a Receita Federal havia multado a mãe de Kalil em cerca de R$ 4 mil quando ela chegava ao aeroporto vinda de Paris, na França. A PF escreveu, na operação Overbox: "Castilho liga para Rose e ela fala que está brava com Castilho, pois precisou de sua ajuda hoje pela manhã. Fala que a mãe do Dr. Calil (sic), médico do presidente, estava voltando de Paris com a filha e amigos e comprou umas roupas. Aí a Receita Federal pegou, abriu as malas, e tiveram que pagar quase R$ 4 mil. Castilho diz que poderia ter ligado; Rose fala que ligou".
Nos autos da Operação Porto Seguro, deflagrada sexta-feira, 23, constam ainda dois e-mails em que Rose cobra do diretor afastado da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, um favor para Cláudia Cozer, mulher de Kalil e médica pessoal de Rose. Ele deveria acessar Esmeraldo Malheiro dos Santos, consultor jurídico do Ministério da Educação que, segundo a PF, ajudou a quadrilha a obter pareceres favoráveis a faculdades. No assunto do e-mail, constava o dizer: "Faculdade-ES: Dra. Cláudia". O favor a ser feito não fica claro nos documentos.
O ex-presidente do PT José Genoino afirmou apenas que "o presidente do PT tinha direito a segurança, até porque houve uma tentativa de assalto ao carro da presidência do PT". Ele pediu que a reportagem contatasse seu advogado. Luis Fernando Pacheco negou que Genoino tenha pedido qualquer favor a Rose e afirmou que seu cliente "não tem a menor ideia" de porque Rose fazia gestões nesse caso. Ele disse ainda que Genoino e ela têm uma relação "absolutamente protocolar" e "sem nenhuma proximidade".
O médico Roberto Kalil afirmou não se lembrar se ligara "para Rose ou para alguém", e sustentou que tentou ajudar a família porque seu padrasto estava passando mal. Segundo ele, o homem estava recém-operado do coração e a Receita decidiu aplicar-lhes uma multa às 7h, mas o banco só abria às 10h. "Na época, posso ter tentado ligar, tipo "pelo amor de Deus o homem está passando mal". Não era pra liberar de alfândega, nada. Eu nunca pediria isso. Tem que pagar, paga e vai embora."A assessoria da médica Cláudia Cozer afirmou que não se manifestaria porque não teve acesso aos autos. Rosemary e Castilho não foram encontrados.(Estadão)
Tirado do Coturno Noturno

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

Ato organizado pelos criminosos petistas não tem uma só bandeira do partido. E nem a presença do presidente da legenda.


O PT começa a largar de mão - pelo menos oficialmente - o José Dirceu e a sua quadrilha. Na "plenária" do João Paulo Cunha, em Osasco, havia apenas mil militantes que, na verdade, não portavam bandeiras do PT. O presidente da legenda também não esteve presente. Deve ser orientação do marqueteiro João Santana, para não misturar o simbolo do partido com bandidos. Como se isso fosse possível. Para as próximas mobilizações, José Dirceu pretende chamar os "movimentos sociais", entre os quais aqueles que não tem sede,não tem CGC e também não tem nenhum respeito às leis, como o MST. Estaria nascendo uma Milícia José Dirceu, como aquelas que dão suporte aos atentados contra a democracia cometidos por Hugo Chávez? Pelo passado do bandido e pelos seus atuais movimentos, uma nova VPR pode estar vindo por aí.
Tirado do Coturno Noturno