sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Constantemente ameaçada, ex-secretária da Receita pensa em deixar o País

Arrumando as malas.

O mais novo capítulo da epopeia sobre a violação do sigilo fiscal de integrantes do PSDB e da filha e do genro do presidenciável José Serra pode render muito além do que os petistas imaginam. Ex-secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira foi ejetada do cargo depois que confirmou um pedido de Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil, para que fossem abreviadas as investigações sobre a família de José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado Federal.


Em depoimento no Senado, Lina Vieira não apenas confirmou o encontro com Dilma Rousseff, mas deu detalhes de sua visita ao Palácio do Planalto. Funcionária de carreira da Receita Federal desde 1976, Lina tem sofrido pressão desde o fatídico episódio, covardia que tem se estendido aos seus familiares. Por conta disso, a ex-secretária da Receita pensa em deixar o País, pois teme represálias ainda maiores caso a candidata Dilma Rousseff vença as eleições de outubro próximo. Um dos países elencados por Lina como seu futuro destino é a Espanha, cuja embaixada em Brasília foi consultada algumas vezes nos últimos meses.

A candidata petista nega o fatídico encontro, mas os registros oficiais mostram que em 9 de outubro de 2008 Lina Vieira esteve no Palácio do Planalto, onde chegou às 10h13 e saiu às 11h29. No mesmo dia consta da agenda de Lina Vieira um registro sobre mencionada reunião, acrescida de uma anotação: “Dar retorno à ministra sobre família Sarney”. Como Lina e Dilma tornaram-se inimigas figadais, o que resultou na demissão da ex-secretária e de três colaboradores próximos, a situação deve complicar com uma eventual vitória da petista.

Assessores do presidente Lula da Silva e integrantes do staff da campanha presidencial petista temem pelo pior, pois qualquer novidade no caso pode complicar ainda mais a situação de Dilma Rousseff, que tem evitado a imprensa nos últimos dias. Tudo porque Lina Vieira tem várias cópias, guardadas em locais distintos, de um CD que contém todas as informações trocadas com seus colaboradores durante os onze meses em que comandou a Receita Federal do Brasil. O temor petista está na possibilidade cada vez maior de se comprovar a participação da Casa Civil na utilização criminosa de determinados setores da Receita Federal para bisbilhotar a vida de adversários políticos e ideológicos.

No caso de um novo escândalo surgir no caso da violação do sigilo fiscal, tal fato acontecerá na reta final da campanha, para que o PT não consiga inventar uma nova mentira e mais uma vez enganar a opinião pública.

TIRADO DO: UCHO.INFO

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