sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Franklin e o assassinato. Ou: eles tiram, mas eu ponho de novo!
Tirado de Reinaldo Azevedo
Hoje em dia, fico esperto. Quando há um vídeo no Youtube, mesmo postado por “eles”, mas do qual podem se arrepender, faço o meu próprio arquivo. Ou eles vão lá e dão sumiço. Imaginem, então, quando é algo postado pelos “adversários”… Escrevi ontem sobre Franklin Martins, o ministro da Supressão da Verdade. Ele participou de um seminário sobre liberdade de imprensa promovido pela… TV Cultura! A emissora promete agora chamar o Lobo Mau para dizer o que pensa dos Três Porquinhos… Epa! Esperem! Hoje, são os Três Porquinhos que estão com tudo, né? A Revolução dos Bichos está em curso - será que fui muito sutil nessa? Adiante.
Na crítica que fiz a Franklin Martins, citei o fato de que, num filme, ele comenta o seqüestro do embaixador americano, de que foi um dos líderes, e explica, com frieza burocrática, que o homem seria, sim, assassinado se as exigências não fossem cumpridas. Sua fleuma de ex-funcionário do terror só é quebrada por uma sonora gargalhada. Pois bem. Publiquei o link do post que trazia o filme no Youtube e… surpresa! O filme não estava mais lá!
Mas eu tinha feito uma cópia. Por isso, botei no Youtube de novo. Nota: não editei; nada tenho a ver as legendas que aparecem. Não creio que o site tenha motivos para tirá-lo do ar outra vez. A razão é simples. Trata-se de trecho do documentário “Hércules 2456″, de Silvio Da-Rin. É uma alusão ao registro do avião que transportou ao México, no dia 7 de setembro de 1969, os seqüestradores do embaixador americano Charles Elbrik. Os diretores do filme reuniram alguns dos que participaram daquela ação para ouvir seus depoimentos, saber como viam a história - para glorificá-los, é claro!
Personagens: Participam da mesa-redonda Cláudio Torres (camisa azul e primeiro que fala), Paulo de Tarso (camisa branca), Franklin Martins (que dispensa caracterização), Manoel Cyrillo (que aparece no quadro enquanto Franklin dá seu depoimento), Silvio Da-Rin e Daniel Aarão Reis (que não aparecem nesse trecho)
Quem já viu pode refrescar a memória para lembrar como se pode ser ligeiro ao falar sobre a morte. Quem ainda não viu tem direito a mais este flagrante do homem que pretende moralizar os meios de comunicação no Brasil.
SÓ COLOCO DE NOVO ESTE VÍDEO NO AR PORQUE, SENDO UM BLOGUEIRO PROGRESSISTA, ACHO ERRADO GARGALHAR QUANDO SE FALA EM MATAR PESSOAS. ACHO ISSO COISA DE REACIONÁRIOS!
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